PS critica aliança PSD e Bloco no inquérito ao Novo Banco. Oposição fala em “ridículo” e “desespero”

Socialistas dizem que alterações aprovadas esta segunda que responsabilizam Governo de Costa na venda "ferem de factualidade" o relatório do Novo Banco. PSD fala em "ridículo" e Bloco em "desespero".

O PS considera que o PSD e o Bloco de Esquerda “feriram de factualidade” o relatório da comissão de inquérito ao Novo Banco, ao terem aprovado alterações que responsabilizam o Governo de António Costa no processo de venda do banco em 2017.

João Paulo Correia lamentou a “aliança PSD-Bloco” que fez com que a comissão tivesse “abandonado a linha factual”, acusando os social-democratas de “incoerência”. Por exemplo, o PSD considerou que o Governo de Passos Coelho pouco podia fazer na resolução face às imposições europeias, mas diz que o Governo de António Costa não foi capaz de contrariar as exigências de Bruxelas no que diz respeito à venda. Além disso, o deputado do PS diz que o PSD procurou ilibar o Banco de Portugal e Carlos Costa em 2014.

A resposta do PSD e Bloco não tardou. Duarte Pacheco (PSD) falou em “ridículo” do PS e disse que caiu a máscara aos socialistas: “A vossa principal preocupação era ilibar o governo socialista da tragédia que foi a venda e aquilo que está a custar para os contribuintes”.

Mariana Mortágua referiu-se ao “desespero do PS” face à votação na véspera, o que “demonstra que o objetivo era ilibar o Governo” na questão da alienação do banco em 2017 e no mecanismo de capital contingente de 3,9 mil milhões de euros. “Compreendo o melindre e o desconforto do PS”, atirou a deputada.

Ambos lembraram outra coisa: que o PSD e o Bloco não têm a maioria na comissão de inquérito e que foi preciso os votos a favor de outros partidos para que as propostas fossem aprovadas. “Em muitos casos o PS votou sozinho. Não é o Bloco ou o PSD que estão isolados”, lembraram os deputados.

Foram aprovadas várias propostas de alteração que colocam o Governo de António Costa e o ex-ministro das Finanças Mário Centeno no centro da venda do Novo Banco ao fundo Lone Star.

Do Bloco foi aprovado que o XXI Governo Constitucional teve “um papel determinante tanto nas negociações com a Comissão Europeia como na decisão final” e que “a venda do Novo Banco nas suas condições contratuais – definidas pelo Banco de Portugal e pelo XXI Governo Constitucional, em linha com as imposições europeias – não permitiram a melhor a salvaguarda do interesse público”.

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