Madeira prevê vacinar 20 mil jovens a partir dos 12 anos

  • Lusa
  • 30 Julho 2021

"Os jovens ao contraírem a doença são focos de propagação que podem contaminar os mais velhos, mais vulneráveis, incluindo os que já tem a dupla vacinação", justifica Miguel Albuquerque.

A Madeira pretende vacinar a partir de sábado cerca de 20 mil crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos, seguindo as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS), disse esta sexta-feira o presidente do Governo Regional.

“Estamos a seguir as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os passos que outros 15 países do Ocidente estão a trilhar”, disse Miguel Albuquerque.

O chefe do executivo madeirense foi confrontado com a recomendação hoje tornada pública pela Direção-Geral da Saúde (DGS) de vacinar contra a covid-19 crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades.

“A DGS recomenda a vacinação prioritária dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos de idade com comorbilidades associadas a doença grave”, anunciou em conferência de imprensa a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, no seguimento de um parecer da Comissão Técnica de Vacinação Covid-19.

A DGS considera que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária, por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo o acesso universal destas idades para mais tarde.

A Madeira anunciou que vai começar a vacinar esta faixa etária num ‘open day’ (sem agendamento prévio), começando sábado no Centro de Vacinação do Funchal.

A Madeira prevê vacinar cerca de 20 mil jovens”, complementou Miguel Albuquerque, adiantando que estas iniciativas de vacinação sem marcação para crianças e jovens entre os 12 e os 17 anos vão estender-se aos diversos concelhos da região.

O governante argumentou que a região está “a seguir aquilo que é fundamental, que é proteger através da vacinação”, considerando que esta é “a melhor medida para prevenir quer a doença, quer a sua propagação”.

“Estamos a tentar vacinar os nossos jovens”, salientou Albuquerque, recordando que a covid-19 “continua a afetar” os mais novos e que a região registou 1.631 casos de crianças e jovens entre os zero e os 17 anos que contraíram e propagaram a doença.

O líder insular sustentou ser necessário perceber que “é falsa, a ideia de que o covid-19 não era transmitido aos jovens”. “Alguns dos jovens contraíram a doença e tiveram consequências até do ponto de vista físico bastante graves”, apontou.

Albuquerque mencionou também que “os jovens ao contraírem a doença são focos de propagação que podem contaminar os mais velhos, mais vulneráveis, incluindo os que já tem a dupla vacinação”.

O presidente do Governo da Madeira realçou que “a vacinação não é obrigatória”, declarando serem compreensíveis os “receios” de alguns pais, os quais instou a que se informem junto do médico de família.

“Esta é a norma que vamos seguir”, concluiu.

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