“UE não vai abrir corredores para imigrantes afegãos”, defende presidência eslovena da UE

  • ECO
  • 22 Agosto 2021

"Só serão ajudadas as pessoas que nos ajudaram durante a operação da NATO", defende o polémico primeiro-ministro da Eslovénia, país que preside ao Conselho da UE.

A presidência rotativa da União Europeia, neste momento nas mãos da Eslovénia, defende que “não se repetirão os erros de 2015” e que “não serão abertos quaisquer corredores de migrantes para ao Afeganistão”. Num tweet, Janez Jansa, primeiro-ministro esloveno, escreve que “só as pessoas que ajudaram durante a operação da NATO” devem ser apoiadas depois do regresso ao poder dos talibãs.

 

Num segundo tweet, o polémico líder esloveno — que chegou a dar os parabéns a Donald Trump pela reeleição em novembro passado — disse que “não é dever da União Europeia nem da Eslovénia ajudar e pagar a todos no planeta que fogem, em vez de lutar por sua pátria”.

Numa cerimónia em Espanha este sábado, Ursula Von der Leyen disse que a União Europeia tinha a “responsabilidade moral” de ajudar os afegãos que continuam no país. Cerca de 3,7 milhões de pessoas estão deslocadas, 80% delas são mulheres e meninas, segundo número avançados pela presidente da Comissão Europeia. Ao mesmo tempo a líder alemã defende que a UE tem de prevenir que os migrantes caiam nas mãos de traficantes de pessoas . “Para quem não pode regressar a casa, temos de oferecer alternativas”, disse, antes de acrescentar que o bloco comunitário tem de oferecer “rotas legais e seguras”.

Von der Leyen pede ainda aos Estados, que participaram na missão da NATO no Afeganistão, que definam quotas para os deslocados e vias seguras para “acomodar quem precise de proteção”.

A Áustria já respondeu que não aceitará pedidos de asilo de afegãos e irá focar-se em aumentar a segurança e os direits das mulheres localmente. O chanceler Sebastian Kurz, em entrevista à Puls 24, adiantou que a Áustria já fez uma contribuição desproporcional, ao aceitar 40 mil agefãos no passado.

Durante a crise migratória de 2015, na sequência na guerra na Síria e instabilidade em outros países do Médio Oriente, milhares de pessoas tentaram chegar à Europa através das fronteiras do bloco mais a sul — Grécia e ilhas italianas. O governo grego terminou esta semana um ‘muro’ na fronteira com a Turquia, que será mais uma barreira para uma potencial vaga de migrantes do Afeganistão. “Não podemos esperar, passivamente, por um possível impacto”, disse o ministro grego Michalis Chrisochoidis.

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