Regulador europeu descarta terceira dose para a população em geral
O regulador europeu diz que deve ser "considerada desde já" uma dose extra da vacina a pessoas com o sistema imunitário enfraquecido. Admite dose adicional a idosos em situação frágil.
Depois do Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), também a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) vem reiterar que não existe uma “necessidade urgente” de administrar doses de reforço da vacina contra a Covid à população em geral. No entanto, assinala que uma dose extra deve ser “considerada desde já” a pessoas com o sistema imunitário enfraquecido, bem como admite dose adicional a idosos em situação frágil “por precaução”.
“Com base nas evidências atuais, não há necessidade urgente de administração de doses de reforço das vacinas a indivíduos totalmente vacinados na população em geral, de acordo com um relatório técnico divulgado ontem [quarta-feira, 1 de setembro] pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), assinala o regulador europeu, em comunicado.
Nesse contexto, a entidade liderada por Emer Cooke sublinha que “a prioridade” é, neste momento, vacinar todos os indivíduos elegíveis que ainda não completaram o esquema de vacinação recomendado”, bem como completar os esforços de vacinação com a manutenção do distanciamento físico e da etiqueta respiratória, higienização das mãos e uso de máscara “quando necessário e em particular em ambientes de alto risco”.
Não obstante, a EMA avisa que é preciso distinguir “doses de reforço para pessoas com um sistema imunológico normal e doses adicionais para pessoas com sistema imunológico enfraquecido”, pelo que salienta que alguns estudos apontam para a necessidade de uma dose adicional neste último caso. Esta foi, aliás, a decisão de Portugal, já que a DGS recomenda uma dose extra da vacina a pessoas com imunossupressão.
“Nesses casos [pessoas com o sistema imunológico enfraquecido], a opção de administrar uma dose adicional deve ser considerada desde já”, sinaliza o regulador europeu, abrindo também a porta a uma eventual administração de reforço, “como medida de precaução a idosos frágeis”, nomeadamente os que estão em lares.
Por fim, a EMA esclarece que continua a analisar os dados disponíveis relativamente a necessidade de doses de reforço ou doses adicionais, pelo que admite que os Estados-membros possam “considerar planos preparatórios para a administração de reforços e doses adicionais”.
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