Governo lança nos próximos dias nova linha de crédito de 150 milhões para o turismo

Ministro da Economia salienta que, apesar de a retoma já ter começado, "ainda vai ser lenta". Siza Vieira anunciou mais apoios para o turismo, alguns a fundo perdido.

A retoma já começou, “mas ainda vai ser lenta”. As palavras são do ministro da Economia, sublinhando que, por isso, “faz sentido continuar a apoiar as empresas do turismo”. Pedro Siza Vieira adiantou que o Governo vai criar novas medidas de apoio ao setor, tais como a criação de uma nova linha de crédito de 150 milhões de euros e novos apoios a fundo perdido a empresas que comecem a reduzir o endividamento face às linhas Covid.

“Vamos lançar na próxima semana uma nova linha de crédito de apoio à tesouraria” das empresas do setor turístico, disse o ministro da Economia esta segunda-feira, à margem da Conferência “Retomar o Crescimento”, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP). Esta linha terá um valor de 150 milhões de euros e vai “reforçar a oferta já existente”, junto do Turismo de Portugal e da banca, “para médias e grandes empresas”.

Além disso, será lançado o programa “Adaptar”, que funcionará como um “sistema de incentivos” às empresas do setor, que servirá para “fazer pequenos investimentos de forma a adequar as suas ofertas às novas condições de operação”, explicou Siza Vieira. Aqui, o apoio será de até 15 mil euros por cada empresa, a fundo perdido.

O Governo vai ainda lançar o programa “Reforçar”, no início de 2022, que irá “apoiar as empresas que pretendam começar a reduzir o seu endividamento, ao abrigo das chamadas linhas Covid”. “Ou seja, permitiremos que as empresas dos setores mais afetados possam ter acesso a um incentivo a fundo perdido, desde que coloquem montantes do mesmo valor para amortizarem o seu endividamento atual ao abrigo das linhas Covid”, disse, referindo que os empresários terão de apresentar candidatura.

O ministro salientou que está atualmente em vigor o programa “Retomar”, que visa “apoiar as empresas nas discussões que estão a ter com os seus bancos, no sentido de assegurarem o ajustamento dos créditos sob moratórias, às condições operacionais que podem antecipar”. “Isso é muito crítico”, afirmou o responsável pela pasta de Economia, notando que o Estado disponibiliza garantias no processo de negociação.

Siza Vieira frisou ainda que o Governo vai manter o regime de apoio à retoma progressiva, um mecanismo que apoia as empresas dos setores mais afetados através do pagamento de uma parte dos salários quando estas não tenham capacidade para tal.

Durante o discurso que fez na conferência, que decorreu em Coimbra no dia em que se assinala o Dia Mundial do Turismo, o ministro salientou a importância de se continuar a apoiar o turismo, que tem um peso significativo na economia. “É um momento em que começamos a ter claros sinais de recuperação, mas ainda temos de fazer mais um esforço. Não podemos agora morrer na praia”, disse.

Siza Vieira notou que “a crise teve um impacto muito significativo na caixa das empresas” e que “muitas ficaram pelo caminho”, contando-se agora menos 70 mil postos de trabalho do que aqueles que existiam em 2019. “Vamos decididamente continuar a apoiar o setor nestes próximos tempos e vamos continuar a manter os apoios necessários para assegurar a sobrevivência nestes tempos excecionais”.

(Notícia atualizada às 16h23 com mais informação)

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