Insolvências caem 12% em setembro, mas sobem 4,2% nos primeiros nove meses

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Outubro 2021

Nos primeiros nove meses de 2021, os setores com maiores incrementos nas insolvências foram a Eletricidade, Gás, Água (+85,7%), a Indústria Extrativa (+50%) e a Hotelaria e Restauração (+38,9%).

As insolvências diminuíram de 612 para 538 em setembro deste ano face ao mês homólogo de 2020, o que corresponde a uma redução de 12,1%. No entanto, analisando os primeiros nove meses de 2021, houve 3.717 ações de insolvência em termos acumulados, mais 150 que no ano passado, traduzindo uma subida de 4,2%, revela um estudo da Iberiform esta quarta-feira.

Na análise por tipo de ação, verificou-se um aumento de 6,9% das Declarações de Insolvência Requeridas (DIR), que ascenderam a 729 até setembro de 2021, mais 47 que em igual período de 2020, enquanto as Declarações de Insolvência Apresentadas (DIA) pelas próprias empresas decresceram 7,9% (de 809 em 2020 para 767 este ano).

Os encerramentos com plano de insolvência evoluíram de 35 em 2020 para 40 em 2021 (+14,3%), enquanto os encerramentos com declaração de insolvência totalizaram 2.181, valor que traduz mais 164 ações do que até setembro de 2020, adianta a Iberinform.

Porto e Lisboa foram os distritos que apresentaram um maior número de insolvências, com 946 e 854, respetivamente, refletindo aumentos de 3,7% e 17,6% face aos primeiros nove meses de 2020.

Em termos percentuais, os distritos com maiores incrementos nas insolvências são: Vila Real (+37%); Portalegre (30%); Setúbal (28%); Guarda (+20%); Castelo Branco (+18,2%); Coimbra (+17,5%); Ponta Delgada (+7,4%); Braga (+3,6%); Madeira (+3,3%) e Aveiro (+0,3%).

Com redução neste indicador, a Iberinform refere nove distritos: Bragança (-64,5%); Horta (-50%); Angra do Heroísmo (-47,4%); Faro (-30,4%); Beja (-18,2%); Évora (-18,2%); Santarém (-14,5%); Viana do Castelo (-7,2%) e Leiria (-2,9%). Apenas Viseu se apresenta sem alteração no comparativo com 2020, com um registo de 82 insolvências em ambos os períodos.

Os primeiros nove meses de 2021 registaram um maior aumento de insolvências em setores como o da Eletricidade, Gás, Água (+85,7%), a Indústria Extrativa (+50%), a Hotelaria e Restauração (+38,9%), a Agricultura, Caça e Pesca (+19,3%), a Construção e Obras Públicas (+12,8%), Outros Serviços (+6,2%), o Comércio de Veículos (+4,8%) e o Comércio por Grosso (+0,7%).

Por outro lado, houve uma diminuição do total de insolvências nos setores dos Transportes (-10,9%), da Indústria Transformadora (-6,8%) e do Comércio a Retalho (-5,1%). As Telecomunicações apresentaram oito insolvências até setembro de 2021, tal como no mesmo período de 2020.

Constituições diminuíram em setembro, mas continuam a crescer face a 2020

A Iberinform indica também que foram constituídas 3.286 novas empresas em setembro, menos 434 empresas, ou 11,7%, do que no mesmo mês de 2020, que havia registado 3.720 constituições. Os primeiros nove meses de 2021 registam um total de 30.604 novas empresas, mais 2.427, ou 8,6%, do que em igual período do ano passado. Porém, este valor é “significativamente menos” que em 2019: um decréscimo de 19,6% traduzido em menos 7.475 empresas.

No distrito de Lisboa já foram constituídas 9.523 novas empresas até setembro deste ano, mais 9% do que em igual período de 2020, enquanto no distrito do Porto os valores atingiram 5.466 empresas, mais 8%. Há aumentos a registar em mais 13 distritos: Horta (+52,2%); Madeira (+49,6%); Bragança (+19,8%); Angra do Heroísmo (+16,3%); Ponta Delgada (+15,8%); Viana do Castelo (+15,4%); Setúbal (+15,9%); Leiria (+13,5%); Braga (+10,8%); Santarém (+9,9%); Viseu (+7,4%); Faro (+5,7%) e Aveiro (+1,2%).

Pelo contrário, os distritos que apresentaram variação negativa no comparativo com 2020 foram Vila Real (-12,6%), Beja (-8,6%), Portalegre (-7%), Coimbra (-5%), Guarda (-3,7%), Castelo Branco (-3,6%) e Évora (-1,3%).

Por setores, a criação de novas empresas é mais significativa no Comércio a Retalho (+21,1%), seguindo-se a Construção e Obras Públicas (+15,5%), Outros Serviços (+13,7%), a Agricultura, Caça e Pesca (+13,6%), a Indústria Extrativa (+4%) e a Indústria Transformadora (+2,8%). Apenas os setores dos Transportes (-19,4%), da Eletricidade, Gás, Água (-10,8%), das Telecomunicações (-10,4%), do Comércio por Grosso (-4,3%), do Comércio de Veículos (-2,2%) e da Hotelaria/Restauração (-1,9%) apresentam variação negativa da constituição de novas empresas.

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