Paulo Rangel candidata-se à liderança do PSD

  • ECO
  • 14 Outubro 2021

Rio voltou a apelar ao adiamento da marcação de diretas para depois da votação do Orçamento. Rangel responde que é "estranho pôr a vida interna do partido nas mãos" de Costa.

Paulo Rangel quer candidatar-se à liderança do PSD, segundo avançaram o Observador e a TVI. A decisão do eurodeputado social-democrata deverá ser anunciada no Conselho Nacional do partido, esta quinta-feira.

No encontro do partido, Rangel irá apresentar um requerimento para mudar a ordem dos trabalhos e votar primeiro a data das eleições internas e do congresso. Na quarta-feira à noite, Rui Rio apelou ao Conselho Nacional para não marcar já as diretas e o Congresso, fazendo-o apenas depois de se esclarecer se o próximo Orçamento do Estado é ou não aprovado.

O calendário que iria ser proposto pela direção apontava para a realização das diretas em 4 de dezembro e do 39.º Congresso do PSD entre 14 e 16 de janeiro. A intenção de Rio de esperar pelo Orçamento do Estado foi recebida com críticas, nomeadamente do deputado e ex-líder da JSD Pedro Rodrigues.

À chegada do Conselho Nacional, o líder do PSD mostrou ter ficado surpreendido com as reações que se seguiram à sua “sugestão”, que apelidou de um “conjunto de ataques, alguns até de caráter muito pouco nobre”, em declarações transmitidas pela RTP3. Rui Rio lamentou também que, após as legislativas, estejam a tentar destruir o que o partido conseguiu” e falou de um “assalto ao poder daqueles que põem o seu interesse pessoal à frente do interesse do país”.

Quanto a Rangel, Rio não se quis pronunciar, nem se comprometeu a um anúncio de uma eventual recandidatura, mas voltou a defender a sua proposta de adiar a marcação das diretas, apontando que “o PSD não pode estar numa disputa interna sem saber a liderança e de repente ter de se preparar para legislativas”, caso o OE não seja aprovado. “Espero que a maioria do Conselho Nacional tenha bom senso, coloque o interesse do país e do PSD à frente”, reiterou.

Paulo Rangel chegou minutos depois de Rio, defendendo aos jornalistas que estranha a proposta de adiar a marcação de diretas. O eurodeputado reitera que não tem “estados de alma” e está tranquilo com qualquer data que fique definida, mas afiança que é “estranho” pôr a vida interna do PSD “nas mãos de António Costa”, ao esperar pelo OE.

“O PSD entrega ao António Costa o supremo privilégio de escolher a data em que temos eleições?”, questiona Rangel. O eurodeputado não quis confirmar o anúncio da candidatura, dizendo que preferia comunicar aos conselheiros do PSD a sua decisão.

(Notícia atualizada às 21h34)

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