Portugal quer levar 100 empresas ao maior palco industrial do mundo

Portugal é o país parceiro da próxima Hannover Messe, a maior feita industrial do mundo. Pequenas e médias empresas vão receber apoio para participar.

Ser o ator principal no palco principal da maior feira industrial do mundo, poder abrir novos mercados e estabelecer parcerias. É esta a vantagem de ser o país-parceiro da Hannover Messe, segundo os seus responsáveis. Para o aproveitar, Portugal quer ter 100 empresas no certame e acena com apoios para as PME.

Portugal vai estar na Hannover Messe 2022 com quatro pavilhões: um pavilhão central com 1.300 m2 e três pavilhões satélites de 200 m2 cada, perfazendo um total de 1.900 m2.

A presença portuguesa, sob o mote “Portugal Makes Sense”, terá três áreas de aposta: Engineered Parts & Solutions, Energy Solutions e Digital Ecosystems. Estarão representados os setores dos equipamentos e metalomecânica, da mobilidade, dos setores automóvel e aeronáutico, dos têxteis e plásticos técnicos, dos moldes, das tecnologias de produção, das tecnologias digitais e das energias renováveis.

Luís Castro Henriques, presidente da AICEP, traçou o objetivo de ter 100 empresas portuguesas presentes na feira que se realiza entre 25 e 29 de abril. Para já estão inscritas 80. O responsável salientou a importância de as empresas investirem na sua presença e para as PME haverá 1,2 milhões em apoios financeiros, ainda a serem ultimados. Ao todo, a presença portuguesa na feira deverá custar entre 4 e 5 milhões de euros.

Um investimento que, para o ministro da Economia, tem retorno garantido. “A atenção mundial será uma oportunidade para comunicar o ecossistema da indústria, os nossos centros de desenvolvimento, as nossas start-ups e as capacidades do nosso talento e da nossa engenharia”, afirmou Pedro Siza Vieira na conferência realizada ao final da tarde na residência do embaixador alemão, Martin Ney.

“É um testamento da confiança que as autoridades alemãs põem no nosso país e um reconhecimento do caminho que a indústria portuguesa tem feito” em áreas como a tecnologia, as energias sustentáveis e a descarbonização”, acrescentou o ministro da Economia.

Setphen Weil, ministro-presidente da Baixa Saxónia, sublinhou que a Hannover Messe 2022 marcará o regresso da feira, depois da interrupção de dois anos por causa da covid-19. “Será um recomeço e uma oportunidade para perceber quais são as perspetivas da indústria depois da pandemia. Portugal terá um palco para se apresentar nesta fase tão importante”, destacou.

A participação portuguesa na Hannover Messe 2022 é coordenada pela AICEP e coorganizada com a AIMMAP e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã. As inscrições das empresas são feitas junto da AIMMAP.

Para a escolha de Portugal contribuíram os casos de sucesso de investimento em Portugal de grandes empresas, como a Siemens ou a Bosch, sublinhou o embaixador da Alemanha em Portugal. “As grandes empresas já sabem que Portugal é um bom parceiro. As outras empresas também têm de saber”, afirmou Luís Castro Henriques, reforçando o “call to action” para o envolvimento do tecido económico português.

“Estamos convencidos que a pandemia está para trás e em abril vamos ter uma grande feira e um grande palco para Portugal”, rematou Jochen Koeckler, presidente do conselho de administração da Deutsche Messe, salientando a oportunidade para fazer novos negócios e estabelecer novas parcerias.

Foi há um ano que o embaixador da Alemanha em Portugal, Martin Ney, e o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciaram que Portugal seria o país parceiro da Hannover Messe em 2022. Já com 75 anos de existência, a feira ocupa uma área de 40 hectares. China, França, Coreia do Sul, Polónia, México e EUA são alguns dos países que foram parceiros nas edições anteriores.

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