Ações da Evergrande afundam 13,6% no regresso à negociação

  • ECO
  • 21 Outubro 2021

Plano para vender a sua divisão de serviços imobiliários por 2,6 mil milhões de dólares falhou e os investidores castigaram os títulos. O preço das ações caiu mais de 80%, este ano.

O grupo imobiliário chinês Evergrande, fragilizado por uma dívida de 260 mil milhões de euros, anunciou o regresso dos seus títulos à Bolsa de Hong Kong esta quinta-feira, após uma suspensão desde 4 de outubro, depois de a imobiliária ter falhado vários pagamentos. As cotações foram retomadas esta quinta-feira e o resultado foi uma queda abrupta de 13,6%.

A empresa revelou que o plano para vender a sua divisão de serviços imobiliários por 2,6 mil milhões de dólares falhou e os investidores castigaram os títulos neste regresso aos mercados. As ações da Evergrande caíram até 13,6%, após o fim da suspensão de duas semanas, enquanto as ações da afiliada Evergrande Property Services, que também foram congeladas durante o mesmo período, caíram até 10,2%. As ações da Evergrande New Energy Vehicle, a subsidiária de veículos elétricos que negociou em Hong Kong sem interrupção nas últimas semanas, caíram até 14%.

O preço das ações da Evergrande caiu mais de 80%, este ano, representando uma perda superior a 190 mil milhões dólares (163 mil milhões de euros), em capitalização de mercado.

No anúncio que fez de regresso aos meracdos, a Evergrande alertou que pode “não estar em condições de cumprir as suas obrigações financeiras”, acrescentando que “continuará a adotar medidas para atenuar os problemas de liquidez”. O grupo luta há várias semanas para honrar o pagamento de juros e entregar apartamentos aos seus clientes. E, apesar de não ter conseguido vender 50,1% do capital de uma das suas subsidiárias a outra imobiliária chinesa, a Hopson — um negócio que podia ter rendido 2,2 mil milhões de euros à Evergrande — conseguiu uma extensão de três meses para o pagamento das obrigações Jumbo Fortune, que já estão em incumprimento, um gesto raro de boa vontade.

A Evergrande disse que o negócio foi interrompido porque “tinha motivos para acreditar” que o comprador “não cumpriu o pré-requisito” para fazer a oferta. Já a Hopson referiu em comunicado que estava “preparada para concluir a venda”, mas que não quis pagar diretamente pelas ações, até que as obrigações entre esta última e a Evergrande fossem liquidadas.

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