Airbus prevê vender 39 mil aviões até 2040 apesar da pandemia

  • ECO
  • 13 Novembro 2021

Com as transportadoras aéreas a "amadurecerem", a Airbus estima que crescerá a procura por aeronaves mais "amigas" do ambiente, olhando otimista para as próximas décadas.

A Airbus está já a encarar a pandemia de coronavírus como um contratempo temporário, prevendo vender, nas próximas duas décadas, cerca de 39 mil aviões desenhados para reduzir as emissões de carbono, avança, este sábado, a Bloomberg (acesso condicionado).

A indústria da aeronáutica tem sido uma das mais castigadas pelas restrições associadas à crise pandémica, mas a Airbus está otimista quanto ao futuro, uma vez que, num mundo em que as alterações climáticas assumem, cada vez mais, um tom de urgência, deverá crescer a procura por aviões com menor impacto sobre o planeta.

A fabricante prevê, assim, que irá vender 39 mil aeronaves para o transporte de passageiros e cargas até 2040, segundo foi adiantado este sábado na apresentação das projeções a longo termo da Airbus (as primeiras em dois anos, já que, durante os períodos mais críticos da pandemia, o futuro não era suficientemente claro).

De acordo com a Bloomberg, os números agora conhecidos são pouco diferentes dos apresentados no último relatório (relativo ao período compreendido entre 2019 e 2039), ainda que a fabricante europeia estime ter perdido dois anos de crescimento por força da pandemia.

A Airbus — mas também a Boeing — está a contar agora com a aceleração da substituição das aeronaves mais antigas e poluentes por aviões mais eficientes. “À medida que as economias e o transporte aéreo amadurecem, vemos a procura crescentemente condicionada pela substituição [das referidas aeronaves] ao invés de pelo crescimento”, afirmou Christian Scherer, líder da Airbus International, referindo que essa substituição será o motor mais significativo da descarbonização desta indústria.

A Airbus está a planear reforçar a produção das aeronaves da família A320 para 75 aviões por mês, até ao meados da atual década. Até 2040, a fabricante prevê que a maioria das aeronaves comerciais em operação será desta nova geração, quando hoje constituem apenas 13% do total de aviões.

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