Fundos de Pensões: De cinco PPR criados desde janeiro, 4 continuam sem adesões

  • ECO Seguros
  • 29 Novembro 2021

Ativos geridos por fundos de pensões expandiram 3% até setembro, com rentabilidade a atingir 1,99%. Na gestão de carteira apostam mais em fundos de investimento do que os seguros.

O número de fundos de pensões supervisionados passou de 234, no final de 2020, para 240 no fim de setembro de 2021, em resultado da extinção de três fundos de pensões fechados e da constituição de nove outros, indicam dados da Autoridade de Supervisão (ASF) com referência ao terceiro trimestre (3ºT 2021).

Em detalhe, a diferença no número de fundos explica-se pela extinção dos três fundos de pensões fechados compensada pela constituição de um fundo fechado, três fundos abertos de adesão coletiva e individual e de cinco fundos de pensões PPR. Destes Planos Poupança Reforma (PPR), quatro “ainda não têm adesões, pelo que não têm montantes geridos,” indica informação trimestral da Autoridade de Supervisão (ASF). No âmbito das adesões coletivas, foram extintas quatro adesões, por recurso à transferência para outras adesões ou liquidação das respetivas quotas-partes. Durante este período foram constituídas 69 novas adesões, repartidas por 21 fundos de pensões abertos.

Montantes geridos crescem 3%

Os ativos geridos pelos fundos de pensões (FP) representavam, no final de setembro de 2021, cerca de 23,74 mil milhões de euros, o que correspondeu a um acréscimo de 3,0% face aos valores observados no final do ano anterior. Esta evolução resultou do aumento de 12,5% nos fundos de pensões abertos e do aumento de 1,5% nos fundos de pensões fechados.

Comparativamente a setembro de 2020, as contribuições para os fundos de pensões, mantiveram-se quase inalteradas, apresentando ligeiro acréscimo de 0,8%, até 855,57 milhões de euros. Esta evolução resultou de um decréscimo nas contribuições para os fundos de pensões fechados que foi compensado com o aumento de contribuições para os fundos de pensões PPR e para adesões individuais a outros fundos abertos. Já os benefícios pagos totalizaram 622,63 mil milhões de euros, apresentando um acréscimo de 7,2%, face ao período homólogo, mostra o Relatório de Evolução da Atividade dos Fundos de Pensões – 3ºT 2021

Tendo em consideração os montantes geridos, as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões foi de 1,99% (desde dezembro de 2020), melhorando face aos 1,19% calculados no final do primeiro semestre.

Carteiras dos Fundos de Pensões menos expostas à dívida pública

No final de setembro, como referido, as carteiras de investimento dos FP totalizavam cerca de 23,74 mil milhões de euros (+7,9% face a setembro de 2020 e a crescer 3% relativamente a dezembro de 2020).

A estrutura da composição das carteiras foi semelhante à observada no final do ano de 2020. No entanto, o relatório trimestral da autoridade destaca a diminuição do peso de dívida pública e de depósitos bancários e o aumento do peso de fundos de investimento e obrigações privadas.

Em setembro de 2021, as carteiras de investimento dos FP eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (49%), incluindo dívida pública (30%) e obrigações privadas (19%), seguindo-se fundos de investimento (36%). Imóveis (7%), depósitos bancários (4%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso. Confirmando a perda de peso da dívida pública nas carteiras, os dados da Supervisão recordam que, em setembro de 2020, os títulos de dívida pública pesavam 32% da carteira e os fundos de investimento 34%.

Nos seguros, o total dos ativos das carteiras de investimento ascendia a 51,1 mil milhões de euros, diminuindo 0,6% face a dezembro de 2020, uma evolução que resultou essencialmente do decréscimo em obrigações de dívida pública e privada, compensada pelo acréscimo dos fundos de investimento, que aumentaram o seu peso relativo, de 7% em dezembro de 2020, para 10% no final de setembro passado.

Em termos relativos, a estrutura das carteiras de investimento dos seguros mostra maior exposição à divida pública (51% da carteira) do que as carteiras dos Fundos de Pensões (30%).

Nos seguros, em setembro de 2021, “os instrumentos de dívida continuam a ser predominantes, apesar do decréscimo do peso em 9,9 pontos percentuais, representando 64,2% do total dos ativos. Estes instrumentos representavam 83% das carteiras de investimento dos seguros de Vida Não Ligados e 62,6% das carteiras de investimento dos ramos Não Vida,” detalha a autoridade no Relatório de Evolução da Atividade Seguradora – 3ºT 2021.

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