Direção de Rio eleita com 67,6% dos votos, melhor resultado do que em 2020

  • ECO e Lusa
  • 19 Dezembro 2021

A lista apoiada pela direção de Rui Rio à Mesa do Congresso, encabeçada por Paulo Mota Pinto, também foi a mais votada.

A Comissão Política Nacional do presidente do PSD, Rui Rio, foi este domingo eleita com 67,6% dos votos, uma subida em relação ao último congresso, disseram à Lusa fontes sociais-democratas.

No 39.º Congresso do PSD, que termina este domingo em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, a lista única de Rui Rio foi eleita com 563 votos favoráveis. Registaram-se 833 votantes, anunciou o presidente da Mesa do Congresso, Paulo Mota Pinto

Há dois anos, no congresso de Viana do Castelo, a direção de Rio foi eleita com 62,4% dos votos, naquela que foi então a votação mais baixa desde 2007, quando Luís Filipe Menezes obteve 61,8%. O PSD mudou os estatutos e adotou as eleições diretas em 2006, deixando de escolher o líder em congresso. Na reunião magna continuam a ser eleitos os órgãos nacionais como a Comissão Política Nacional.

O antigo presidente da Câmara de Cantanhede João Pais de Moura e a bastonária da Ordem dos Farmacêuticos Ana Paula Martins são os dois novos vice-presidentes da direção do PSD. Mantêm-se na Comissão Política Nacional os ‘vices’ André Coelho Lima, Isaura Morais, David Justino e Salvador Malheiro, saindo Nuno Morais Sarmento e Isabel Meirelles. José Silvano também continua como secretário-geral.

Rio ganha Conselho Nacional e Mesa do Congresso mas perde Jurisdição

A lista da direção de Rui Rio para o Conselho Nacional do PSD foi este domingo a mais votada no Congresso do partido, enquanto a encabeçada por Miguel Pinto Luz ficou em segundo, seguida da lista apoiada por Luís Montenegro.

De acordo com informações avançadas à Lusa por fonte social-democrata, a quarta lista mais votada foi a do deputado Carlos Eduardo Reis, destacado apoiante do presidente do PSD, Rui Rio.

Além disso, a lista apoiada pela direção de Rui Rio à Mesa do Congresso, encabeçada por Paulo Mota Pinto, foi este domingo a mais votada no congresso do partido, derrotando a liderada pelo deputado e antigo líder da JSD Pedro Rodrigues, disseram à Lusa fontes sociais-democratas.

Por outro lado, a lista do atual presidente do Conselho Nacional de Jurisdição do PSD, Paulo Colaço, foi a mais votada pelos delegados ao Congresso, derrotando a apoiada por Rui Rio, encabeçada por Nuno Morais Sarmento, disseram à Lusa fontes sociais-democratas.

Moção de estratégia global de Rio e todas as temáticas aprovadas

A moção de estratégia global do presidente do PSD, Rui Rio, foi este sábado aprovada pelo 39.º Congresso do partido, tal como as 12 propostas temáticas. A moção de estratégia global de Rio, “Governar Portugal ao Centro”, foi aprovada de braço no ar, sem votos contra e com duas abstenções, numa altura em que a sala estava com muito menos de metade dos delegados.

Já as propostas temáticas foram todas aprovadas, depois de, pela primeira vez em congresso, terem sido votadas através de meios eletrónicos. Os conselheiros puderam votar individualmente cada uma delas através de um site.

Na moção global, que Rio apresentou aos militantes no final de novembro no âmbito da campanha interna para as eleições diretas, refere-se que o PSD “está em condições de governar Portugal”, a mês e meio das legislativas de 30 de janeiro. O texto defende que “importa construir uma nova maioria sem linhas vermelhas, assente no diálogo e no compromisso, à esquerda ou à direita, cujo único limite será a da moderação, do respeito pelas instituições constitucionais e a do superior interesse nacional”.

“As próximas eleições decidir-se-ão ao centro do espetro político-partidário. É esse centro político que determinará qual das opções vingará: ou a continuidade das políticas de esquerda que têm conduzido ao empobrecimento relativo do nosso país face aos nossos parceiros europeus, ou a mudança para uma política de libertação da economia e da sociedade portuguesas”, refere o texto.

Neste Congresso, muitas das propostas temáticas centram-se em críticas às desigualdades territoriais e ao processo de descentralização, bem como pedidos de reforma do sistema político e eleitoral. A proposta temática mais votada, com 86% de votos a favor, foi a dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD), sobre “Políticas Públicas de proximidade ao serviço da sustentabilidade dos territórios”.

A única abaixo dos 50% foi a proposta da coordenadora das Mulheres Sociais-Democratas, Lina Lopes, intitulada “Passar à ação: por uma participação mais equilibrada de mulheres e homens na defesa da social-democracia”, aprovada com 41% de votos a favor, 30% contra e 29% de abstenções.

Se só o presidente eleito pode apresentar uma moção de estratégia global, as propostas setoriais podem ser apresentadas pela direção, pelas várias estruturas autónomas do partido (JSD, ASD e TSD), pelas estruturas regionais e distritais ou ainda subscritas por 1.500 militantes ou por 50 delegados.

(Notícia atualizada às 13h35)

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