Sondagem dá vitória ao PS com 39% dos votos

A 17 dias das eleições legislativas, a sondagem feita pela Universidade de Lisboa dá a vitória aos socialistas, com 39% dos votos. PS falha, ainda assim, a maioria absoluta.

O PS continua a liderar as intenções de voto dos portugueses na ida às urnas marcada para 30 de janeiro e até dilata a vantagem face ao PSD, mas não consegue a maioria absoluta a que tem apelado António Costa. Isto de acordo com a sondagem feita pela Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público.

Segundo a projeção divulgada esta quinta-feira, os socialistas recolhem agora 39% das intenções de voto, mais um ponto do que na última sondagem e mais nove pontos do que os sociais-democratas (30%).

Tal significa que o PS asseguraria 104 a 113 deputados, ou seja, menos de metade dos assentos parlamentares (a maioria absoluta é alcançada aos 116). Já o PSD conseguiria entre 81 e 89 deputados.

Por outro lado, o estudo da Universidade Católica sinaliza um empate quanto ao terceiro lugar da corrida, com o Bloco de Esquerda e o Chega a recolherem ambos 6% das intenções de voto. Se as eleições fossem esta quinta-feira, o partido de Catarina Martins conseguiria, assim, entre oito e 12 deputados. Já o partido de André Ventura asseguraria entre seis e 12 deputados, quando nesta última legislatura apenas contou com um assento na Assembleia da República.

Na projeção, segue-se a CDU com 5% (quatro a dez deputados), a Iniciativa Liberal com 4% (três a sete deputados) e o PAN com 3% (dois e quatro deputados).

Em último lugar, aparecem o CDS-PP e o Livre, ambos com 2% das intenções de voto. O inquérito sinaliza que o partido de Francisco Rodrigues dos Santos poderia não eleger nenhum deputado ou garantir um enquanto dá como certa a eleição de um deputado para o Livre.

Contas feitas, no melhor dos cenários, bastaria ao PS o apoio do PAN para conseguir governar, assumindo que o partido de António Costa conseguiria 113 deputados e o partido de Inês Sousa Real quatro. De notar que, ao contrário do Bloco de Esquerda, do PCP e do PEV, o PAN não votou contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022, cuja rejeição parlamentar levou o Chefe de Estado a antecipar as eleições legislativas.

Por outro lado, a projeção divulgada esta quinta-feira indica que 24% dos inquiridos “não sabem ou não respondem” em quem vão votar, nas eleições, e 69% acreditam que o PS vai ser o partido mais votado.

Este inquérito foi realizado pela Universidade Católica Portuguesa entre 6 e 10 de janeiro de 2022. O universo alvo foi composto pelos eleitores residentes em Portugal, sendo que os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Foram obtidos 1246 inquéritos válidos. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória dessa dimensão é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

Em comparação, o estudo feito, realizada entre 4 e 10 de janeiro, pela Intercampus para o Correio da Manhã e para o Jornal de Negócios atribuía 29% das intenções de voto aos socialistas, estando os social-democratas a 4,9 pontos dessa marca (recolhiam, então, 24,1% das intenções de voto). Em terceiro lugar, aparecia o Bloco de Esquerda, com 7% das intenções de voto, à frente do Chega (5,8%), da CDU (4,9%), da Iniciativa Liberal (4,6%) e do PAN (3,5%). Segundo essa sondagem, o CDS-PP estava abaixo de 1% e o Livre conseguia cerca de 0,5% das intenções de voto.

Por outro lado, o estudo feito pela Pitagórica para a TVI e para a CNN, entre 30 de dezembro e 9 de janeiro, indicava que o PS recolhia 39,6% das intenções de voto e o PSD 30%. Também nesta sondagem, o Bloco de Esquerda conseguia o terceiro lugar (6,4%), seguido do Chega (5,7%), da CDU e da Iniciativa Liberal (ambas com 5,1%). Já o PAN recolhia 1,8% das intenções de voto, não indo o CDS-PP, por sua vez, além de 1,5%.

António Costa tem pedido aos eleitores a maioria absoluta, mas, a 17 dias da ida às urnas, as sondagens indicam que ainda está longe dessa fasquia. As eleições em questão foram convocadas por Marcelo Rebelo de Sousa depois de a proposta de Orçamento do Estado para 2022 ter sido chumbada pela direita, mas também pelo PCP, PEV e Bloco de Esquerda.

(Notícia atualizada às 13h31)

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