BCP ganha 4% e dá lustro a Lisboa com olhos postos na Fed
A poucas horas do fim da reunião da Fed, as bolsas europeias fecharam em forte alta, com o BCP a comandar os ganhos robustos na praça nacional. Ações subiram quase 4% nesta sessão.
As principais bolsas europeias fecharam com ganhos expressivos, a poucas horas de serem reveladas as conclusões da reunião de política monetária da Fed do outro lado do Atlântico. Os investidores estão expectantes quanto à conferência de imprensa do presidente Jerome Powell, que poderá deixar pistas sobre o momento em que o banco central prevê subir os juros para domar a inflação.
Numa semana que está a ser de intensa volatilidade nos mercados de capitais, com os índices a oscilarem entre subidas e descidas bastante significativas, o pan-europeu Stoxx 600 chegou ao final da sessão desta quarta-feira a subir 1,7%, prolongando os ganhos do dia anterior. Em simultâneo, o alemão DAX subiu mesmo 2,2%, enquanto o francês CAC-40 avançou 2,1%, o espanhol IBEX-35 somou 1,8% e o britânico FTSE 100 valorizou 1,4%.
Em Lisboa, o índice de referência PSI-20 brilhou com uma subida de 2,12%, para 5.523,48 pontos, interrompendo um ciclo de três sessões consecutivas a perder valor. Com as perspetivas de subida dos juros, foi o BCP a cotada que liderou as subidas, somando 3,92%, para 15,38 cêntimos.
As cotadas do setor energético contribuíram igualmente para os ganhos na praça nacional. A EDP Renováveis destacou-se ao subir 3,56%, enquanto a EDP avançou 2,33%. A Galp Energia valorizou 2,56%, para 9,926 euros, no dia em que o petróleo cruzou a fasquia dos 90 dólares por barril, à luz da tensão militar entre a Rússia e a Ucrânia, um preço que não era visto desde 2014.
Ainda assim, é mesmo a Fed que tem condicionado as negociações esta semana. Quando forem 14h em Washington e 19h em Lisboa, Jerome Powell falará aos investidores ao fim de uma reunião de dois dias do comité de política monetária. A expectativa é a de que possa sinalizar quando tenciona começar a reduzir o seu balanço e subir os juros, numa altura em que os economistas veem a primeira subida da taxa diretora já em março.
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