600 em cada 1.000 euros dos danos globais por catástrofes em 2021 não estavam segurados

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2022

Diferença entre prejuízos totais e danos efetivamente segurados foi a mais baixa em 15 anos. Ainda assim, 62% das perdas originadas por desastres naturais não estavam protegidas por seguros.

Em 2021, o montante total de danos originados por catástrofes naturais custou 343 mil milhões de dólares à economia global, cerca de 15,5% mais do que os 297 mil milhões calculados para o ano anterior, estima o “2021 Weather, Climate and Catastrophe Insight,” divulgado pela Aon.

A empresa global de corretagem de seguros e consultoria de riscos estima que o montante dos danos segurados rondou 130 mil milhões, ou 38% das perdas totais, um valor bastante superior à média histórica (74 mil milhões) e 18% mais quando comparado com as perdas seguradas em 2020. Os números mostram que os prejuízos não segurados desceram ao nível mais baixo desde 2005, mas ainda representam 62% do total estimado por danos em 2021. Ou seja, a diferença entre as perdas económicas totais e os danos efetivamente segurados (protection gap ou lacuna de proteção) ascendeu a cerca de 213 mil milhões de dólares.

Se por um lado, os custos dos danos subiram face a 2020, por outro, o número de eventos catastróficos registados diminuiu ligeiramente, de 430 em 2020 para 401 em 2021, de acordo com os critérios que a Aon adota na definição de desastre natural (perda económica igual ou superior a 50 milhões; perdas seguradas de 25 milhões; 10 vítimas mortais, 50 feridos e, pelo menos, 2.000 participações de sinistro).

Entre outros dados vertidos no relatório, a corretora e consultora internacional sumariza a ocorrência de 50 eventos que, individualmente, causaram danos superiores a 1.000 milhões, fazendo de 2021 o quarto ano mais prejudicial de sempre em montante de perdas catastróficas. Desses 50 desastres, 23 devastaram os EUA que, sozinhos, contabilizaram 71% do total global de danos segurados no ano passado.

Fazendo uma retrospetiva dos desastres, o documento da Aon recorda as inundações que, no verão de 2021, causaram destruição em parte da Europa e advoga medidas que proporcionem maior resiliência.

Os eventos de extremo climático ficaram na história como a categoria de desastres que mais custou às seguradoras que operam no continente europeu. Com um custo total estimado em 46 mil milhões de dólares, as cheias na Alemanha, Bélgica e outros países europeus representaram uma fatura de 13 mil milhões para os seguros. Neste caso, mais de 70% dos prejuízos foram danos não segurados.

 

 

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