Bruxelas prevê investimentos de 15 mil milhões para desenvolver indústria de chips na Europa
A lei europeia dos chips tem como objetivo tornar a União Europeia "líder neste mercado". O foco está na investigação, inovação e produção industrial, nos apoios às empresas e nas parcerias.
O Colégio de Comissários da União Europeia (UE) vai adotar a lei europeia dos chips, que prevê investimento público e privado no valor de 15 mil milhões de euros, para atingir o objetivo de transformar a UE num “líder neste mercado”, anunciou esta terça-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Esta lei vai apoiar esta ambição de liderança com “investimentos consideráveis, permitindo 15 mil milhões de euros em investimento público e privado até 2030, que somam aos 30 mil milhões de euros de investimentos públicos que [tem] já planeados no NextGenEU, Horizon Europe ou orçamentos nacionais”, apontou a líder do Executivo comunitário, em conferência de imprensa.
A UE definiu como objetivo ter 20% da quota de mercado global de produção de chips até 2030, sendo que atualmente se situa apenas nos 9%, sendo assim necessário “quadruplicar os esforços”, disse Von der Leyen.
A proposta, que foi esta terça-feira adotada pelo Colégio de Comissários, tem cinco focos: investigação, inovação industrial, produção industrial, apoio a empresas mais pequenas e cadeias de fornecimento. A líder da Comissão Europeia sublinhou que é necessário “fazer a ponte entre laboratório e manufatura”, já que a Europa tem na investigação um ponto forte, mas precisa de avançar também para a produção.
Quanto aos estabelecimentos de produção pioneiros, serão “adaptadas as regras de apoio estatal, sob condições estritas”, para permitir este auxílio público. Além disso, o apoio às empresas, nomeadamente PME e startup, vai abranger tanto a procura de mão-de-obra com as qualificações necessárias, como ao nível dos parceiros e do financiamento.
No que diz respeito às cadeias de fornecimento, Ursula von der Leyen admite que “nenhum país e continente podem ser completamente autossuficientes”, pelo que a Europa vai fazer parcerias nos chips, por exemplo com os Estados Unidos e com o Japão.
A vice-presidente executiva, Margrethe Vestager, salientou também em conferência de imprensa que “não há transição verde e digital sem chips”. A comissária defendeu que agora há “projetos de interesse europeu comum, investimento existente, previsões de tratados de auxílios estatais”, elementos que vão “beneficiar a Europa como um todo”.
(Notícia atualizada às 11h30)
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