Tensão na Ucrânia arrasta bolsas e Lisboa cai mais de 2%

Ações europeias atingiram o nível mais baixo dos últimos cinco meses com risco de agravamento da situação na Ucrânia. Bolsa de Lisboa foi das mais penalizadas do dia, caindo mais de 2%.

As bolsas europeias tiveram um arranque de semana para esquecer, com a elevada tensão na Ucrânia a atirar as ações do Velho Continente para mínimos de cinco meses. Por Lisboa, todas as cotadas do PSI-20 à exceção da REN estiveram sob pressão vendedora que levou o índice português a afundar mais de 2%.

Depois de um início de sessão positivo, as praças europeias inverteram para negativo, depois de Moscovo ter adiantado que não há planos concretos para um encontro ao mais alto nível entre Joe Biden e Vladimir Putin, conforme tinha sido anunciado pelo Presidente francês.

Neste cenário, o Stoxx 600 caiu mais de 1% para em mínimos desde outubro do ano passado. De Madrid a Frankfurt, os principais índices bolsistas do Velho Continente registaram perdas entre 1% e 2%.

Parece que a situação pode aumentar drasticamente a qualquer momento e isso manterá os investidores no limite, por enquanto. O facto de ainda estarem a perseguir a via diplomática é animador, mas o risco de a situação ‘ferver’ nunca foi tão elevado como agora. Podemos estar à beira de algo terrível a acontecer e isso continua a alimentar a negatividade nos mercados”, afirmou Craig Erlam, analista da OANDA.

Com todas as ações no vermelho à exceção da REN, o PSI-20 fechou com uma queda de 2,46% para 5.491,49 pontos. Não resistiu ao pessimismo internacional, mas também teve fatores internos a pressionar, como, por exemplo, a Galp.

As ações da petrolífera cederam 2,94% para 9,706 euros, no dia em que apresentou lucros de 457 milhões de euros, depois dos prejuízos de 42 milhões de euros em 2020. Foi o resultado do quarto trimestre abaixo do esperado e as perspetivas para os próximos que desapontaram os investidores, de acordo com os analistas da XTB.

Galp cede após prestar contas

O pior desempenho pertenceu aos CTT, que caiu mais de 4%. Entre os pesos pesados, o BCP caiu 3,39% e as duas cotadas da EDP — EDP e EDP Renováveis — perderam mais de 2%.

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