Gastos com “assuntos económicos” na UE representavam 6,1% do PIB em 2020

As despesas das administrações públicas da UE com “assuntos económicos” aumentaram em 2020 e representaram 6,1% do PIB, à boleia das medidas tomadas para mitigar os efeitos da pandemia, nomeadamente os subsídios dados para apoiar o emprego (como, por exemplo, o lay-off) e as injeções de capital às empresas.

Em 2020, os gastos das administrações públicas com “assuntos económicos” na UE representavam já 6,1% do PIB, isto é, um aumento de 1,7 pontos percentuais face aos 4,4% do PIB em 2019, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat.

Entre as principais funções do Estado, as despesas relacionadas com “assuntos económicos” aumentaram 33% para 821 mil milhões de euros em 2020, isto é, mais 206 mil milhões de euros, face aos 615 mil milhões gastos no ano anterior. Consequentemente, segundo o Eurostat, o peso dos gastos com “assuntos económicos” nas despesas totais dos governos da UE aumentou 2,1 pontos percentuais para 11,5% em 2020 (era 9,4% em 2019), isto é, o maior registo desde 1995.

Entre os Estados-membros da UE, as categorias relacionadas com “assuntos económicos” que pesaram mais no PIB em 2020 foram as despesas com transportes, representando 2,3% do PIB, seguidas pelos “assuntos económicos gerais, empresas e mercado de trabalho”, que representaram 1,9% do PIB.

Os valores gastos pelos governos da UE são variáveis, oscilando entre 3,5% do PIB e 11,3% do PIB dos respetivos Estados-membros. Neste contexto, a Croácia foi o país da UE que mais gastou em termos de rácio do PIB em despesas relacionadas com “assuntos económicos”, seguida por Malta (10,0% do PIB) e pela Grécia (9,9% do PIB). Em contrapartida, os montantes mais baixos em percentagem do PIB foram registados na Irlanda, seguida pela Alemanha (4,6% do PIB) e pela Dinamarca (5,1% do PIB