Maioria das empresas americanas prevê novos investimentos em Portugal

Um total de 78% das empresas norte-americanas antecipam novos investimentos em solo português, segundo o mais recente Barómetro da Câmara de Comércio Americana em Portugal.

A pandemia, a subida da inflação e mais recentemente a guerra na Ucrânia vieram trazer novos desafios para o tecido empresarial. Apesar do atual contexto, a maioria das empresas norte-americanas presentes em Portugal prevê um aumento do volume de negócio e até pondera fazer novos investimentos em 2022, de acordo com o mais recente Barómetro da Câmara de Comércio em Portugal – AmCham.

Num universo de cerca de 1.000 empresas americanas em território português — das quais empregam perto de 50 mil trabalhadores –, 75% acredita que o seu volume de negócios irá aumentar este ano, enquanto 25% prevê que se irá manter, segundo o Barómetro divulgado esta terça-feira num encontro Expectativas e Perspectivas dos Gestores de Empresas Americanas para 2022, organizado pela AmCham, com a participação de Andres Ortolá (Microsoft), Rui Minhós (Tabaqueira) e Rui Teixeira (ManPower).

Gráfico à esquerda refere-se à previsão da evolução do volume de negócios de uma empresa americana em 2022. Gráfico à direita é referente à possibilidade de novos investimentos em território nacional.Câmara de Comércio Americana em Portugal

Em relação aos investimentos, a tendência é semelhante. Um total de 78% das empresas norte-americanas antecipam novos investimentos em solo nacional, sendo que 19% não espera fazer qualquer investimento e apenas 3% coloca em cima da mesa um cenário de desinvestimento para 2022.

Quando questionadas sobre a expectativa de atingirem níveis semelhantes aos anteriores à pandemia, 59% das empresas revela ter já atingido valores pré-Covid, 22% antecipa chegar a esses níveis ainda em 2022, 19% só no próximo ano e, por fim, 3% só após 2023. Todavia, quando a pergunta é focada no país, as previsões são bastante diferentes. Apenas 3% das empresas americanas diz que Portugal já recuperou os níveis pré-pandemia, 25% espera que tal recuperação seja atingida em 2022, 47% em 2023 e 25% após esse período.

Os desafios e o pessimismo das empresas para com a economia portuguesa

Outros dos temas abordados neste barómetro foi como as empresas norte-americanas olham para a atual situação económica do país. Segundo o estudo, 40,63% está pessimista ou muito pessimista, 37,50% tem uma opinião neutra e 21,88% está otimista em relação à economia portuguesa.

Já no que diz respeito aos desafios ao desenvolvimento económico para este ano, o tecido empresarial americano considera que o principal obstáculo será a “instabilidade económica e a recuperação incerta”, seguido pela “digitalização e ciberameaças” e, a fechar o pódio, as “novas vagas pandémicas/crise sanitária”.

Para Portugal, segundo a opinião das empresas norte-americanas, os maiores desafios serão “instabilidade económica e a recuperação incerta”, a “instabilidade política” e o “aumento da inflação e das taxas de juro”.

De acordo com a Câmara de Comércio Americana em Portugal, os principais setores de atividade das empresas que fizeram parte da amostra deste estudo são as tecnologias de informação (19%), consultoria (16%), saúde (16%) e construção e imobiliário (9%).

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