Ovos Matinados já aumentaram 25%, mas subidas não ficam por aqui

A dona dos Ovos Matinados já aumentou o preço dos ovos que produz em 25%, na sequência dos aumentos dos custos de produção. Ao ECO, o grupo admite "mais subidas" dada a incidência da gripe das Aves.

O aumento dos custos de produção já levou a Companhia Avícola do Centro (CAC), dona dos Ovos Matinados, a aumentar o preço dos ovos que produz em 25%, mas o grupo admite “mais subidas tendo em conta a problemática da gripe das Aves”.

Todos os aumentos de custos de produção que se estão a verificar, e venham a verificar no futuro, têm se ser repercutidos na íntegra no produto, tendo em conta que os produtores que ainda sobrevivem não têm qualquer capacidade de suporte dos mesmos”, sinaliza o presidente do Conselho de Administração da CAC, ao ECO, adiantando que “para já” o aumento foi de 25%, sendo que esta subida ocorreu de forma progressiva desde o início do ano.

Segundo Manuel Sobreiro, a recetividade dos clientes a esta subida dos preços “tem sido de compreensão”, dado que “cada produtor que encerre uma exploração é mais um contributo para o não abastecimento regular do mercado”.

Para já, o grupo que detém 40% de quota no mercado dos ovos em Portugal e 65% no segmento de produção ao ar livre, descarta uma eventual escassez de ovos no mercado, mas espera que com este conflito “Portugal e a Europa volte a incentivar o cultivo integral das propriedades e não limitar a produção ou dar subsídios para não produzir, como aconteceu num passado recente”.

Não obstante, o presidente executivo da dona dos Ovos Matinados admite que “possa haver mais subidas, tendo em conta a problemática das gripe das Aves” dado que esta doença “continua com uma incidência muito elevada no Centro e Norte da Europa”.

Em 2021, o grupo CAC registou um nível recorde de vendas, ao ultrapassar a fasquia dos 90 milhões de euros, segundo o Expresso. No ano passado, a dona dos Ovos Matinados produziu 49.075.000 de dúzias de ovos, dos quais 13% correspondem a ovos de galinhas criadas ao ar livre, como é o caso da marca Matinados.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia veio juntar-se à subida de preços da energia e à seca, provocando uma escalada do custo de várias matérias-primas essenciais para a produção alimentar. As consequências já são sentidas em Portugal e levaram o Governo a avançar com um conjunto de novas medidas para mitigar o impacto da guerra, que incluem o lançamento de uma linha de crédito de 400 milhões de euros para ajudar as empresas, apoios a fundo perdido e uma prestação social para os consumidores mais vulneráveis.

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