Ping An lucra menos 29% penalizada por imobiliário e declínio no ramo Vida

  • ECO Seguros
  • 28 Março 2022

A seguradora chinesa reconheceu nas contas perdas resultantes de investimentos no setor imobiliário. Além deste efeito extraordinário, 2021 evidenciou declínio nas receitas dos seguros de Vida.

O Ping An Insurance Group, líder na China e segundo maior segurador do mundo, registou 101,6 mil milhões de yuans (cerca de 14,5 mil milhões de euros) de resultados líquidos em 2021, evidenciando declínio de 29% na moeda local face ao ano anterior e a refletir imparidades de investimentos imobiliários (China Fortune Land Development), a que se juntou decréscimo nos seguros do ramo Vida, negócio principal do grupo.

Na atividade seguradora, a receita gerada com proteção Vida diminuiu 4,1% face ao ano anterior, situando-se em 490,3 mil milhões de yuan renmimbi (mais de 70 mil milhões de euros), acrescida de 270 mil milhões de yuan em prémios de seguros de não Vida, negócio que decresceu 5,5%, mas com o respetivo rácio combinado a melhorar 11 pontos percentuais para os 98%. Os dois ramos somaram, ao câmbio atual, receita anual que rondou 108,6 mil milhões de euros em 2021. O recuo na receita de seguros é explicado com impacto da pandemia de Covid-19 e menos vendas por agentes, principal canal do grupo chinês. Além destes fatores, a faturação de novo negócio decresceu perto de 24%, totalizando 37,9 mil milhões de yuans.

Ainda, o resultado operacional, que exclui efeitos não recorrentes e fatores de volatilidade, apontou subida de 6%, face ao ano precedente, alcançando 148 mil milhões de yuans, indica a companhia de seguros e tecnologia afirmando que fechou o exercício com 227 milhões de clientes no retalho, 39,3% dos quais com múltiplas apólices junto das subsidiárias do grupo.

O resultado da atividade de investimento deslizou 27%, face a a 2020, descendo para 78 mil milhões de yuan, com as perdas em ativos investidos a crescerem 17%, para 90,5 mil milhões de yuan renmimbi, após ajustamentos (atualização) que ultrapassaram 43 mil milhões para limpar das contas as imparidades do investimento ligado à China Fortune Land. Esta promotora imobiliária caiu em incumprimento face a credores no início de 2021 e, em outubro passado, iniciou um plano de reestruturação de uma dívida estimada em perto de 220 mil milhões de yuan (cerca de 30,6 mil milhões de euros ao câmbio oficial de 31-12-2021).

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