PSD lamenta ausência de “espírito reformista” no programa do Governo

Em reação à apresentação do Programa do Governo, o PSD lamenta a falta de "espírito reformista para resolver os problemas estruturais do país", mas aplaude reforço dos serviços públicos.

Em reação à apresentação do Programa do Governo, Duarte Pacheco sinaliza que o PSD vê com bons olhos o reforço dos serviços públicos, mas lamenta a falta de “espírito reformista para resolver os problemas estruturais do país”.

“Temos agora que analisar o documento e depois ver que o significa em termos orçamentais”, afirmou o deputado social-democrata, horas depois de o Executivo ter entregue o programa de Governo para os próximos cinco anos, na Assembleia da República.

No entanto, para já, o PSD diz que o país continua “sem espírito reformista para resolver os problemas estruturais do país”, o que, na leitura dos “laranjas” irá dificultar que Portugal “se aproxime do pelotão da frente” da Europa. “A repetir aquilo que se fez dificilmente teremos resultados diferentes”, apontou ainda o deputado.

Não obstante, o PSD vê com bons olhos “a necessidade de reforçar os serviços públicos”, dado que nos últimos anos ” houve uma degradação dos serviços públicos”, afirmou Duarte Pacheco.

Por fim, o parlamentar destacou ainda que ” há uma divergência de fundo” entre PSD e PS no que toca aos apoio às empresas para estimular o desenvolvimento da economia portuguesa. “O Estado continua a acreditar que tem de ser o Governo a promover o desenvolvimento, nós acreditamos que é o setor privado o motor do desenvolvimento”, concluiu.

Programa já “não corresponde à realidade”, diz BE

À esquerda, Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda (BE), aponta que o programa apresentado pelo Governo “não responde à situação difícil que o país está a enfrentar”, dada a “escalada de preços galopante”, bem como à escassez de recursos e matérias-primas e ao “aumento dos preços de serviços essenciais”, como os combustíveis, eletricidade e bens alimentares.

O documento poderia estar a ser discutido há três meses atrás. Neste momento, com toda a circunstância criada, ele não corresponde à realidade e, por isso está manifestamente fora daquilo que se esperava“, critica o líder parlamentar bloquista, numa alusão ao facto de o Governo ter garantido que o programa foi reajustado para fazer face às consequências económicas e sociais da guerra na Ucrânia.

Além disso, o BE lamenta ainda a ausência de “medidas concretas” para “proteger os salários, as pensões”, bem como para garantir o direito à habitação e responder aos aumentos da energia. “É um programa sem esses eixos estruturantes”, lamenta Pedro Filipe Soares.

(Notícia atualizada às 17h16 com a reação do BE)

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