Siderurgia Nacional voltou ao trabalho depois de custos da energia forçar paragem

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Os trabalhadores, que durante a paragem gozaram férias ou foram colocados em outras funções para manterem o salário, já regressaram ao trabalho.

A Megasa, dona da Siderurgia Nacional, já voltou ao trabalho tanto na sua unidade da Maia como na do Seixal, depois de ter paralisado parte das suas atividades, devido ao aumento dos custos de energia, segundo fonte sindical.

A norte, na Maia, a empresa esteve parada pouco mais de uma semana, tendo voltado a laborar no dia 19 de março e no Seixal retomou atividade em 26 de março, com os normais três turnos, de acordo com a mesma fonte. Os trabalhadores, que durante a paragem gozaram férias ou foram colocados em outras funções para manterem o salário, já regressaram ao trabalho, referiu. A Lusa contactou a Megasa que não fez qualquer comentário oficial sobre este assunto.

No dia 11 de março, a empresa decidiu suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia devido ao aumento dos preços da eletricidade, da qual é o principal consumidor em Portugal.

Num comunicado, a dona da Siderurgia Nacional referiu na altura que “o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia”.

Na altura, precisou que a paragem afetava “a totalidade da atividade produtiva na Maia e a produção de aço no Seixal, sendo que nesta fábrica” se manteve a atividade de laminagem, utilizando o stock existente. Questionado pela Lusa nessa altura, o grupo explicou que “decidiu antecipar a paragem anual que costuma fazer durante o verão”, e os trabalhadores estavam “a gozar período de férias” e, por isso, não se encontravam em lay-off“.

Na mesma nota, o grupo referiu que “a paragem aconteceu no passado dia 5 de março, com o contexto internacional a tornar economicamente inviável a produção das duas unidades. Ainda assim, “consciente da preocupação manifestada já pelo Governo português e pela Comissão Europeia, a Megasa propôs ao primeiro-ministro a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores” que usam eletricidade intensivamente.

“Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto, a Megasa considera ser possível manter a sua atividade, que representa 700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais“, disse também na altura.

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