“TAP voltará a dar lucro”, garante Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos diz que "o plano de reestruturação da TAP está a ser cumprido e os resultados estão a ser melhores até do que estava previsto". Garante que "voltará a dar lucro".

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, não queria comentar o tema TAP, mas acabou por o fazer no Porto. “Disse que não ia dizer nada sobre a TAP, mas não resisto. É a vida”. Pedro Nuno Santos assegura que “o plano de reestruturação da TAP está a ser cumprido e os resultados estão a ser melhores até do que estava previsto”. Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, “estamos no caminho certo para que a empresa possa ser viável e continuar a servir a economia nacional”.

Interpelado pelos jornalistas à margem de uma cerimónia de assinatura de acordos na área da habitação, na câmara do Porto, o ministro frisou que “há um plano de reestruturação que foi negociado com Bruxelas e que está a ser cumprido e é esta a primeira apreciação que se faz perante a a apresentação de contas da TAP”. Mais, garantiu: “Se o plano de restruturação for cumprido com todas as suas metas, isso quer dizer que a TAP em pouco tempo voltará ao lucro, ou seja, será uma empresa que dará lucro”.

O governante acredita que “não vai haver nenhum problema. Antes pelo contrário, a TAP passará a ser um ativo importante que contribui para a economia nacional”.

Avisou, contudo, que não se pode esquecer que “apesar de a TAP ser uma empresa com capitais públicos, tem uma administração e toma decisões de gestão que devem ser respeitadas no quadro de autonomia da sua equipa”. Por isso, notou: “Sobre as decisões de gestão não falo. Não sou a pessoa mais indicada para o fazer”.

Recorde-se que o aumento no número de passageiros transportados e de receitas não evitou um crescimento dos prejuízos da TAP, que somaram 1.599,1 milhões de euros em 2021, ultrapassando os 1.230 milhões de 2020. Este agravamento deveu-se aos custos não recorrentes de 1.024,9 milhões com o encerramento da Manutenção e Engenharia no Brasil no quarto trimestre.

Ministro nega “desvio de verbas” na Linha do Douro

A propósito da ferrovia, o ministro aproveitou para negar ter existido “desvio de verbas” na Linha do Douro, argumentando que houve problemas com o projetista na modernização do troço Marco de Canaveses – Peso da Régua, o que atrasou a obra e por consequência teve de passar a ser financiada pelo Portugal 2030.

“Infelizmente, no investimento público – e também no privado – vamos enfrentando um conjunto de circunstâncias que não estavam antecipadas e tivemos um problema no troço Marco-Régua com o projetista que não foi capaz de entregar o resultado”. Logo, explicou o governante, “tivemos de lançar novo procedimento, encontrar novo projetista e isso atrasou muito o que estava inicialmente programado”. O ministro das Infraestruturas sublinhou que estas “são circunstâncias que não constam dos títulos nem das notícias, mas que explicam porque há um atraso”.

Além disso, justificou, a Infraestruturas de Portugal (IP) pediu “dispensa de Impacte Ambiental, porque entendia que uma mera eletrificação não justificava“, mas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “teve um entendimento diferente“. Por isso, notou, “tivemos de a fazer [declaração de Impacte Ambiental] e são circunstâncias que, não estando antecipadas, explicam porque é que há um atraso”.

Por isso mesmo, não foram usadas as verbas no âmbito do Portugal 2020, como estava previsto e que foram “usadas noutro sítio que estava mais avançado”.

Pedro Nuno Santos alertou ainda para “o abandono” da linha do Douro, ou seja, “não havia previsão nenhuma de investimento” até que o Governo começou a eletrificar a linha até ao Marco de Canaveses e “vamos avançar até ao Peso da Régua. E depois até Pocinho”. O ministro gostaria que “houvesse condições financeiras de chegar ate à fronteira, nomeadamente, até Barca d’Alva, e aproveitar em plenitude todo o potencial desta linha”.

Posto isto, Pedro Nuno Santos assegurou que está a ser feita uma autêntica “revolução da Ferrovia” no país, sendo esta “uma grande prioridade”. Chamou, por isso a atenção, para o “potencial do Douro”, nomeadamente, da linha para o transporte de passageiros e de mercadorias.

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