Catástrofes naturais custaram 14 mil milhões às seguradoras no 1ºT de 2022

  • ECO Seguros
  • 18 Abril 2022

Prejuízos económicos globais causados por catástrofes naturais ascenderam a 32 mil milhões de dólares: menos de 50% estavam segurados, aponta estimativa preliminar da Aon Plc.

O primeiro trimestre (1ºT) costuma ser tipicamente o mais calmo do ano em eventos naturais perigosos, mas 2022 já fica marcado como o sexto ano consecutivo com mais de 10 mil milhões de dólares em perdas seguradas. O prejuízo económico global para o período ascende a 32 dólares mil milhões. Deste montante, seguradoras públicas e privadas cobriram 14 mil milhões de dólares, ou menos de metade dos danos totais do 1ºT, revela estimativa preliminar no relatório Q1 2022 Global Catastrophe Recap, divulgado pela Aon, empresa global de corretagem de seguros e consultoria de risco.

Das perdas económicas totais, a região Ásia Pacífico (APAC) representa a maior parte ao ultrapassar 15 mil milhões de dólares, seguida da Europa (7 mil milhões) e dos EUA, com 6 mil milhões de dólares. No entanto, “é importante lembrar que estes valores deverão ser revistos em alta, talvez consideravelmente, nas próximas semanas e meses,” à medida que se conclua o levantamento de todos os estragos no rescaldo de eventos de larga escala, refere o relatório da Aon.

Adaptação, planeamento e implementação estratégica devem ser três aspetos fundamentais da prontidão face às alterações climáticas, uma vez que podem assegurar importante proteção social e ambiental à medida que as comunidades se confrontam com uma volatilidade crescente,” referiu Steve Bowen, diretor-geral e chefe da equipa Catastrophe Insight for Aon’s Impact Forecasting, citado em comunicado de imprensa.

Os primeiros três meses do ano foram altamente ativos em catástrofes naturais em muitos territórios de todo o mundo. Os desastres naturais ocorreram na Europa Ocidental e Central (tempestades e ventos muito fortes Dudley/Ylenia; Eunice/Zeynep, e Franklin/Antonia); na Austrália (inundações na costa Leste), no Japão (terramoto de 16 de Março), e nos Estados Unidos (tempestades convectivas graves).

O estudo da Aon recupera conclusões finais do 6º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UN IPCCUnited Nations Intergovernmental Panel on Climate Change), alertando que os prejuízos relacionados com o clima são suscetíveis de escalar com cada incremento adicional do aquecimento global. “Isto irá agravar ainda mais os níveis globais de risco à escala global,” acrescentou Bowen.

O documento trimestral da consultora de risco nota ainda que, em termos de tendência climática e tendo em conta registos que remontam aos anos de 1800, o NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), organismo público dos EUA, classificou o mês de janeiro de 2022 como o sexto mais quente de sempre, fevereiro o sétimo mais quente e março, o quinto mais quente.

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