Petróleo cai 5,8% pressionado pelos confinamentos na China

Investidores temem recessão global e quebra na procura por petróleo, depois de as importações chinesas de crude terem caído quase 5% nos primeiros quatro meses do ano.

Numa segunda-feira em que os portugueses passam a pagar mais pelos combustíveis nas bombas nacionais, os preços do petróleo aliviavam quase 6%, pressionados pelos receios de que os confinamentos na China travem a procura mundial pela matéria-prima.

O Brent, referência para as importações nacionais, caiu 5,81%, para 105,94 dólares.

Petróleo cai

Dados económicos pouco animadores vindos da China pesaram no sentimento dos investidores nos mercados asiáticos. O país é o maior importador de petróleo do mundo e, apesar de ter comprado 7% mais petróleo no mês passado, as importações chinesas de crude caíram 4,8% nos quatro meses até abril, termos homólogos.

Por outro lado, a subida do dólar para máximos de duas décadas também ajuda a diminuir a procura por petróleo, pois o barril é cotado na divisa americana e fica mais caro para os compradores com outras moedas. Também os mercados acionistas estão a sentir a pressão vinda da China, com os índices na Europa e Nova Iorque a cederem 3% esta segunda-feira.

Os traders temem uma quebra na procura por petróleo. “O sentimento alargado de aversão ao risco, suscitado por receios de recessão, e os confinamentos na China [por causa de uma vaga de Covid-19], são os principais fatores que estão a pressionar os preços do petróleo”, disse à Reuters Tina Teng, analista da CMC Markets.

(Notícia atualizada às 21h17 com novas cotações)

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