Sánchez quer implementar fundos Next Generation

  • Servimedia
  • 13 Maio 2022

Pedro Sánchez considera que a implementação dos fundos Next Generation é "um desafio nacional" e apela a todas as empresas e administrações públicas de Espanha para que os implementem "de mãos dadas".

Numa conferência sobre os fundos europeus de recuperação, organizada pelo jornal espanhol ‘elDiario.es’, Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, afirmou que estes fundos são “um desafio nacional” que têm de superar em conjunto, “de mãos dadas, não só as administrações públicas, mas também as empresas”, noticia a Servimedia.

Os fundos Next Generation da UE, lançados pelas instituições europeias para enfrentar as consequências económicas e sociais da pandemia, vão mobilizar 750 mil milhões de euros entre os países europeus. No caso de Espanha, a injeção total vai chegar a 140 mil milhões, dos quais quase 70 mil milhões serão desembolsados sob a forma de transferências não reembolsáveis.

Segundo o primeiro-ministro espanhol, Espanha é o país que lidera a implementação dos fundos, dado que já foram recebidos mais de 19 mil milhões de euros da Comissão Europeia e, desde a sua aprovação, foram promovidos 17 mil projetos que estão a atingir 12 mil empresas.

Recordou, também, que existem nove projetos estratégicos, conhecidos como Perte, e referiu-se à próxima aprovação de dois outros relacionados com a economia social e os cuidados de microchips.

A importância dos fundos para a saúde

Os fundos são um plano de choque, mas vão treinar o nosso país e essas competências vão ficar. Para dar exemplos, antes da pandemia, Espanha não fabricava máscaras faciais, respiradores ou vacinas humanas, mas neste momento já tem quatro empresas que participaram na produção de vacinas”, afirmou, na mesma conferência, Diana Morant, ministra da Ciência e Inovação.

Sobre o tema da saúde de ponta, a ministra insistiu que é “muito especial”, uma vez que Espanha tem “um sistema de saúde que é um ponto de referência no mundo” e que, por isso, querem dar um “salto qualitativo muito importante, que implica investir em mais investigação sobre as terapias mais avançadas do mundo”.

A primeira mesa redonda do dia, moderada pela jornalista Natalia Chientaroli, vice-diretora do ‘elDiario.es’, centrou-se em ‘Saúde de vanguarda e medicina de precisão’. Nela estiveram presentes Raquel Yotti, secretária geral de Investigação do Ministério da Ciência e Inovação, Javier Arcos, diretor médico do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, Pepa Limeres, coordenadora de Programas Científicos da Fundação Botín, e Ana Francés, secretária de Saúde, Cuidados de Saúde Sociais e Dependência dos Serviços da UGT.

Durante esta conversa, todos os intervenientes analisaram questões relacionadas com as medidas previstas para a renovação do equipamento de alta tecnologia no domínio da saúde, ações de prevenção e promoção da saúde, bem como a capacidade de resposta do sistema de saúde. O desenvolvimento e os cuidados de saúde, a modernização da carteira destes cuidados e a melhoria da formação dos profissionais desta área foram outros dos tópicos abordados.

A contribuição do digital para a sustentabilidade e eficiência

Os participantes do evento ressalvaram, ainda, a necessidade de compromisso com os dados que vão permitir lançar estratégias para agir de forma mais sustentável e eficiente e esclareceram que, neste âmbito, os planos de competência digital vão dar um impulso para alinhar a Espanha com outros países mais evoluídos nestas áreas.

Para discutir estas questões mais relacionadas com energia, sustentabilidade e digitalização, a conferência contou com mais cinco mesas redondas, nomeadamente ‘Alimentação do futuro, com enfoque ambiental, demográfico e social’, ‘Modernização do ciclo da água’, ‘Energia limpa, renovável e acessível’, ‘Economia circular: menos utilização e deitar fora e mais reciclagem e reutilização’, ‘Automóveis eléctricos e ligados’ e ‘Tecnologia de ponta: microchips, semicondutores e digitalização de PMEs‘.

Nestas estiveram presentes representantes de administrações públicas, organizações, empresas e instituições educacionais como o AgroBank, Inlac, Aqualia, a Universidade Politécnica de Madrid, Canal de Isabel II, Endesa, Fundação Cotec, Ence, Iberdrola, BBVA, Samsung Electronics Iberia e Semidynamics.

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