Vista Alegre reduz prejuízo no 1.º trimestre para 300 mil euros
A empresa registou um volume de negócios de 30,3 milhões de euros, mais 59,6% em termos homólogos.
A Vista Alegre registou prejuízos de 300 mil euros no primeiro trimestre deste ano, o que compara com um resultado líquido negativo de 2,3 milhões de euros um ano antes, divulgou esta quinta-feira o grupo.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Vista Alegre salienta que “o primeiro trimestre de 2022 ficou marcado, para além do impacto que se fez sentir da pandemia covid-19, também pelo ambiente de grande incerteza devido ao conflito geopolítico, com invasão da Ucrânia pelas forças militares da Federação Russa em fevereiro”.
Isso “veio agravar a escalada da subida de preços da energia (principalmente do custo do gás natural), combustíveis e das matérias-primas”, destaca a Vista Alegre.
A Vista Alegre sublinha que “a recente crise energética, agravada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, provocaram uma escalada vertiginosa dos preços do gás natural com forte impacto na estrutura de custos da Vista Alegre, na ordem dos 485%, face a 2021, levando o resultado líquido para valores negativos neste primeiro trimestre”, justifica.
Nos primeiros três meses do ano, a Vista Alegre registou um volume de negócios de 30,3 milhões de euros, mais 59,6% em termos homólogos, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) mais que triplicou (255,9%) para 4,2 milhões de euros.
“O mercado externo representou 77,3% do volume de negócios da Vista Alegre, com 23,4 milhões de euros de vendas”, refere o grupo, destacando “o crescimento das receitas nos segmentos da faiança e grés”, que representaram respetivamente um aumento de 69% e 77%, face às receitas do período homólogo. “As receitas da porcelana atingiram os 10,3 milhões de euros, o que representa um crescimento de 44% face ao ano anterior“, adianta.
Destaque a nível internacional “para os mercados de França, Países Baixos e Alemanha, os maiores contribuidores para as vendas de produtos marca, com um crescimento de 42% face ao mesmo período homólogo”.
Apesar do contexto adverso, “a Vista Alegre, quer com o desenvolvimento ao longo dos últimos anos de um conjunto de investimentos tendentes a melhorar a eficiência dos seus processos, quer através de uma gestão mais eficiente dos consumos e dos meios de produção, tem conseguido atenuar algum deste impacto, mas esperam-se medidas governamentais urgentes de apoio ao setor da indústria de cerâmica e vidro que é dos maiores consumidores de gás natural”, salienta.
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