Media Capital passa de prejuízos a lucros de 40,8 milhões no primeiro semestre

O grupo, que inclui a TVI e a CNN Portugal, reduz dívida para 16 milhões e apresenta resultado líquido de 40,8 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022.

A Media Capital fechou o semestre com lucros de 40,8 milhões de euros e 16,1 milhões de euros de dívida, o resultado mais baixo desde que o grupo está em bolsa. Na sequência da alienação das rádios, para além de amortizar a dívida o grupo procedeu à distribuição de 10,0 milhões de euros em dividendos em julho, sendo a primeira vez que o faz desde 2018.

“O Grupo Media Capital conclui, à data de 31 de maio, o processo de alienação do negócio de Rádios, transação que ascendeu a um preço de 69,6 milhões e que gerou uma mais-valia líquida de 46,5 milhões, já inscrita nas contas consolidadas do Grupo”, diz a Media Capital no comunicado enviado ao final da tarde à CMVM.

O grupo atingiu os 123,9 milhões de rendimentos operacionais no primeiro semestre de 2022, o que representa um crescimento de 70% face ao período homólogo de 2021. Excluindo o efeito da mais-valia gerada com a alienação do negócio das rádios, o grupo atingiu os 77,4 milhões, um crescimento de 6%. “Esta evolução positiva dos rendimentos operacionais foi alavancada não só na recuperação do mercado publicitário, mas também na consolidação dos indicadores de audiência da televisão, das rádios e do digital”, justifica a Media Capital.

O total de gastos operacionais, ajustados dos gastos líquidos com provisões e reestruturações, cresceu 2% para os 76,1 milhões de euros.

O EBITDA, ajustado de gastos líquidos com provisões e reestruturações, assim como o montante da mais-valia gerada pela alienação do negócio das Rádios, foi de 1,3 milhões, que comparam com os -2 milhões do período homólogo do último ano. Sem ajustamentos, o EBITDA foi de 46,3 milhões, que compara com os -4,5 milhões do período homólogo.

O EBIT foi de 41,9 milhões no primeiro semestre de 2022, versus os -9,3 milhões em 2021, e o resultado líquido situa-se agora nos 40,8 milhões, quando no período homólogo do último ano se situou nos -8,5 milhões.

Analisando por áreas, a televisão gerou 64,7 milhões de euros, um crescimento de 5% em relação ao primeiro semestre de 2021. A produção audiovisual, por seu turno, registou uma quebra de 2%, situando-se nos 16,2 milhões. A área de rádio e entretenimento, na qual só foram contabilizados cinco meses, situou-se nos 8,4 milhões, um crescimento de 15%.

Em publicidade, o grupo dono da TVI obteve 54,3 milhões de euros, um crescimento de 9% na comparação com os primeiros seis meses do último ano. Desses, 44,7 milhões foram rendimentos da operação televisão, que cresceu 5% em relação aos primeiros seis meses do último ano. No item Outros Rendimentos, que representam cerca de 20 milhões do negócio televisão, não houve variação.

“Este crescimento é suportado não só pela recuperação do mercado publicitário que, no primeiro trimestre de 2021 ainda se encontrava algo afetado pela pandemia, sobretudo no negócio das Rádios, mas também pela forte dinâmica de recuperação da posição da TVI e da consolidação da posição da CNN Portugal entre os canais de cabo”, diz o grupo.

Com rendimentos operacionais de 64,7 milhões de euros (+5%) e gastos operacionais de 69,4 milhões (+2%), o negócio de televisão registou um EBITDA de -4,8 milhões, uma melhoria de 32% versus os 7 milhões negativos do último ano. O resultado operacional foi de -7 milhões, uma melhoria de 25% na comparação com o primeiro semestre de 2021.

A Produção Audiovisual teve rendimentos de 16 milhões (-2%), os gastos situaram-se nos 16 milhões (+8%) e o EBITDA foi de 110 mil euros, uma quebra de 90%. O resultado operacional foi negativo em um milhão de euros (versus os -549 do primeiro semestre de 2021).

O segmento Outros, que inclui as restantes atividades do grupo, incluindo o Digital, a holding e os serviços partilhados, os rendimentos de publicidade aumentaram 9%, para os 2,3 milhões, e os outros rendimentos operacionais subiram 722%, influenciados pelo registo da mais-valia da alienação das de Rádios, que ascende a 46,5 milhões.

“Ajustado de gastos com provisões e reestruturações, assim como o montante da mais-valia gerada pela alienação do negócio das Rádios, o EBITDA do segmento ascendeu a 1,2 milhões, que compara com 1,1 milhões no período homólogo, uma subida de 13%”, resume o grupo.

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