Petróleo afunda mais de 3% com crude em mínimos de janeiro

Cotação do barril afunda mais de 3% por causa dos receios em relação a uma recessão e com os investidores expectantes quanto às negociações que podem recuperar o acordo nuclear com o Irão.

Os preços do petróleo deslizam mais de 3% esta terça-feira, renovando mínimos anteriores à invasão da Rússia na Ucrânia, a 24 de fevereiro, com os investidores receosos quanto a uma travagem da economia global, enquanto esperam por novidades das negociações sobre a recuperação do acordo nuclear com o Irão que poderá aumentar as exportações de petróleo iranianas.

Em Londres, o Brent cede 3,31% para 91,94 dólares por barril, o valor mais baixo desde 18 de fevereiro, enquanto o crude WTI está a afundar 3,65% para 86,15 dólares, uma cotação que já não registava desde 26 de janeiro, de acordo com os dados da Reuters.

Petróleo afunda mais de 3%

A União Europeia e os EUA disseram esta terça-feira que estão a estudar a resposta do Irão à proposta “final” que foi apresentada pelos europeus no sentido de recuperar o acordo nuclear de 2015, depois de o Teerão ter pedido a Washington mais flexibilidade. O Irão respondeu à proposta já ao final desta segunda, mas nenhuma das partes desvendou detalhes.

“Ainda não é claro o que o Irão disse à União Europeia na noite passada, por isso alguns tópicos complexos poderão ter impacto no resultado do acordo nuclear”, referiu o analista do UBS Giovanni Staunovo, citado pela agência financeira.

Por outro lado, os fracos indicadores económicos também estar a afetar os preços do “ouro negro”. A construção de casas nos EUA caiu para o nível mais baixo em ano e meio, devido à subida das taxas de juro e dos preços dos materiais de construção.

Na China, face ao abrandamento inesperado em julho, em consequência da política de zero casos de Covid-19 de Pequim e da crise imobiliária, o banco central chinês cortou as taxas de juro para tentar reanimar a procura.

Entretanto, o Barclays cortou as previsões para a evolução do preço do Brent em oito dólares por barril para este ano e para o próximo, devido ao excedente de barris que espera que o mercado venha a acumular devido aos fornecimentos “resilientes” da Rússia.

(Notícia atualizada às 20h10)

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