BRANDS' ECOSEGUROS A agenda ESG para CFO e líderes das áreas financeiras no setor Segurador

  • ECOseguros + EY
  • 2 Setembro 2022

O estudo da EY "ESG and the future of finance in insurance" detalha como os CFO e os líderes das áreas financeiras podem desempenhar um importante papel na estratégia ESG das seguradoras.

Apesar dos desafios e incertezas do contexto atual, a temática Environmental, Social and Governance (ESG) ocupa o topo das agendas estratégicas dos altos responsáveis empresariais do setor Segurador.

O recente estudo da EY ESG and the future of finance in insurance identifica como os CFO e os líderes das áreas financeiras podem desempenhar um importante papel na estratégia ESG das seguradoras.

A maioria dos CFO e dos líderes das áreas financeiras reconhecem o elevado reporte necessário para satisfazer os reguladores, os mercados financeiros e as agências de rating, em particular nos relacionados com o “E” no ESG. Mas para ir além do mero exercício de conformidade, é importante mitigar os riscos graves enfrentados pela sociedade, criar valor a longo prazo e assegurar o futuro da organização. Neste contexto, o estudo da EY identifica os seguintes principais pontos de ação a estar na agenda dos CFO e dos líderes das áreas financeiras:

  • Identificar e medir os impactos, incluindo riscos e oportunidades
    Os CFO não vão construir modelos de cenários ou fazer as avaliações, mas podem fornecer inputs e ajudar a definir a materialidade dentro de quadros integrados de risco ESG, à medida que a organização procura operacionalizar as suas principais estratégias. Devem igualmente examinar as alavancas de criação de valor através das operações para identificar onde podem ajudar as suas organizações e os seus clientes a fazer transições eficazes para uma economia mais verde.
  • Entender os requisitos de reporte em todas as jurisdições
    O número de regulamentos e normas do ESG a nível mundial quase que duplicou ao longo dos últimos cinco anos. Deve ser uma prioridade máxima para as equipas financeiras conhecer e compreender os diferentes requisitos em jurisdições de todo o mundo, incluindo o mix de normas obrigatórias e de adoção voluntária.
  • Definir as métricas estratégicas certas
    Para a gestão das iniciativas do ESG, é fundamental medir o impacto das novas políticas e ser capaz de acompanhar o desempenho por comparação com pares e concorrentes , nomeadamente a nível de equilíbrio dos objetivos de curto e de longo prazo. A investigação do “EYESG” e o envolvimento ativo com os líderes de mercado levaram-nos a identificar quatro métricas de topo — retorno total dos acionistas, valor da marca, valor líquido económico e retorno do capital — que podem funcionar como principais indicadores da eficácia das estratégias do ESG, bem como a capacidade das seguradoras de criar valor a longo prazo.
  • A importância dos dados
    É importante criar novas bases de dados de elevada qualidade para ESG, construir modelos de dados e adotar ferramentas de visualização para os reportes internos e externos. Será importante combinar estes dados com os relativos a receita, custos e capital para monitorizar a estratégia de sustentabilidade e a estratégia do negócio.A nível prático, as equipas de financiamento basear-se-ão no seu papel tradicional como gatekeepers de dados, proporcionando o acesso aos dados e insights, se necessário. Podem também aconselhar a empresa sobre a tipologia de dados corretos a recolher. Por exemplo, os CFO terão de trabalhar em articulação com os CRO para compreender como a sustentabilidade afeta a mensuração de passivos e a avaliação da solvência.
  • Encontrar o talento certo para uma equipa forte
    Muitas das preocupações do ESG, como a descarbonização, requerem conhecimentos técnicos e conhecimentos especializados que são ainda escassos. As faculdades estão ainda a iniciar a incorporação do ESG nos seus curricula. As seguradoras terão de ser criativas na procura e acesso às competências necessárias. Procurar associar-se a empresas externas e subcontratar alguns processos e tarefas de gestão de dados pode ser uma opção, mas as seguradoras devem também desenvolver programas internos de formação e desenvolvimento para colmatar eventuais lacunas.Quando os CFO encontram parceiros em quem confiam, a sua primeira prioridade é adaptar as recomendações às estratégias únicas da sua empresa, carteiras de produtos, segmentos de clientes, modelos operacionais e pegadas geográficas. Isto é particularmente importante quando estão a elaborar um plano de trabalho para operacionalizar estratégias ESG, a avaliar a sustentabilidade dos seus próprios produtos, a agilizar os seus processos de reporte ou a incluir a dimensão ESG num modelo operacional atualizado.
  • Moldar e partilhar uma narrativa externa persuasiva
    Há muito que alguns investidores consideram o negócio segurador complexo e difícil de entender. A inclusão de métricas ESG pode agudizar essa perceção, a menos que sejam partilhadas no contexto de uma narrativa mais ampla. Os CFO devem exercer liderança ao elaborar as histórias da sua organização para os investidores, clarificando estratégias de ESG, exposições a riscos, métricas-chave e abordagens mais amplas às expectativas dos consumidores e do público.

A EY define o financiamento sustentável como qualquer forma de serviço financeiro que incentive a integração de critérios de ESG a longo prazo nas decisões empresariais, com o objetivo de proporcionar benefícios mais equitativos, sustentáveis e inclusivos às empresas, comunidades e sociedade. É uma grande ideia e uma ambição ousada, e tornou-se um item da agenda dos CFO nos seguros porque eles são essenciais para a sua implementação.

Texto por Carla Sá Pereira, Partner na EY | Insurance Consulting Leader

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