Extrema-direita mais próxima do poder na Suécia
Desde 2014 que a Suécia é governada por sociais-democratas. Contudo, as sondagens para as eleições do próximo domingo revelam que o SD, partido nacionalista de extrema-direita, está a ganhar terreno.
Os suecos são chamados às urnas no próximo domingo, em umas eleições que prometem ser muito renhidas. Pela primeira vez, um partido populista de extrema-direita tem uma oportunidade de participar no Governo, caso faça uma coligação com a direita tradicional no Parlamento.
Desde 2014 que a Suécia é governada por sociais-democratas. Contudo, as sondagens para as eleições do próximo domingo revelam que o partido dos Democratas Sueco (SD), partido nacionalista de extrema-direita, está a ganhar terreno.
Segundo o Politico, uma sondagem recente releva que o apoio ao SD está a aumentar, com cerca de 22% dos inquiridos a referirem que votariam no partido, colocando-o como o segundo maior partido nas intenções de voto e apenas atrás do sociais-democratas. Já o Poll of Polls do Politico, que agrega várias sondagens, coloca o partido de extrema-direita com 20% das intenções de voto e os sociais-democratas com 29%.
Assim, as sondagens divulgadas nos últimos dias de campanha sugerem que o apoio demonstrado ao partido em exercício, liderado por Magdalena Andersson, e dos seus aliados de esquerda está taco a taco com o apoio demonstrado a um bloco de direita com quatro partidos coligados e que incluí o SD.
De acordo com o mesmo jornal, se o bloco de oposição vencer, Jimmie Åkesson, do SD, procurará garantir a máxima influência, seja como rosto de um governo minoritário ou como ministro de uma nova coligação mais ampla.
Ainda assim, é improvável que Åkesson se torne primeiro-ministro mesmo que o partido de extrema-direita seja o partido mais votado, dado que os outros partidos de direita – os moderados de centro-direita, os democratas-cristãos e os liberais – já manifestaram a intenção de apoiar o líder moderado Ulf Kristersson para assumir o cargo, mesmo que este tenha menos votos do que o SD. Não obstante, o surgimento do SD poderá ser uma peça-chave na política sueca, podendo garantir influência em áreas como a imigração e policiamento.
Recorde-se que o governo sueco, a par com a Finlândia, avançou com um pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na sequência da invasão Russa à Ucrânia, pondo um fim a uma posição de neutralidade histórica.
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