Suécia exclui novas injeções de capital na companhia aérea SAS

Suécia anuncia que não irá injetar novo capital na companhia aérea SAS, atirando as ações para quedas de 14%. Dinamarca ainda se encontra a avaliar o plano de reestruturação da companhia.

O Governo da Suécia anunciou que não irá injetar novo capital na companhia aérea SAS, levando as ações da companhia a cair 14% e a afetar, desta forma, a sua reestruturação, avançou esta terça-feira a agência Reuters (acesso condicionado).

“Queremos deixar claro que não iremos injetar novo capital na SAS no futuro”, sublinhou o ministro da Indústria da Suécia, Karl-Petter Thorwaldsson. No entanto, o ministro sueco avançou que irá propor ao parlamento a conversão da dívida da SAS, ao Governo, em capital próprio. Ainda assim, a longo prazo o Governo pretende separar-se por completo da companhia aérea, acrescentou Thorwaldsson.

A SAS anunciou na semana passada que o seu plano de reestruturação, anunciado em fevereiro, está dependente da captação de um investimento de 9,5 mil milhões de coroas suecas (cerca de 906 milhões de euros), bem como da conversão de 20 mil milhões de coroas em capital (1,9 mil milhões de euros). Ainda assim, nenhum dos acionistas comprometeu-se com o plano de reestruturação da empresa, inclusive a Suécia e a Dinamarca, os dois maiores acionistas com uma participação de 21,8% cada.

Do lado dinamarquês, o ministro das Finanças, Nikolai Wammen, informou que o país ainda se encontra a avaliar o plano da companhia aérea e a forma como o Estado pode contribuir, sendo esperada uma decisão em meados de junho, informou o ministro.

A Suécia já injetou cerca de 8,2 mil milhões de coroas na SAS nas últimas décadas (780 milhões de euros), inclusive em apoios durante a pandemia de Covid-19. Contudo, a companhia aérea já se encontrava em dificuldades ainda antes da pandemia face à crescente concorrência de companhias low cost como a Ryanair e Norwegian Air.

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