Televisões: Todos os caminhos vão dar a Londres

Os números são o espelho do destaque das cerimónias fúnebres da rainha Isabel II nos media portugueses – entre 8 de setembro e o início da tarde desta sexta-feira foram produzidas 6.683 notícias.

Na manhã da próxima segunda-feira, 19 de setembro, não será exagero dizer que os caminhos das televisões de todo o mundo vão dar à Abadia de Westminster, em Londres, onde se realiza o funeral da rainha Isabel II. De resto, tem sido assim desde o dia 8 de setembro, data em que aos 96 anos morreu a monarca, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Os olhos, em todo o mundo, estão a seguir este que tem sido considerado o maior acontecimento diplomático do século XXI e que implicará a maior operação de segurança da história do Reino Unido.

A morte da monarca, após mais de 70 anos no trono, é assim um grande acontecimento mediático, com jornalistas e televisões a acompanharem, à escala planetária, estes dias.

Portugal não tem sido exceção. O ECO pediu à Cision para traduzir em números o espaço que a morte da rainha Isabel II tem ocupado nos media nacionais. Os números são o espelho do destaque que está a ser dado ao tema sobre o qual, entre os dias 8 de setembro e o início da tarde desta sexta-feira, foram produzidas 6.683 notícias. Destas, 411 foram em imprensa, 4.519 em meios digitais e 1.752 em televisão.

Convertendo em tempo, os três canais generalistas em sinal aberto, RTP, SIC e TVI, os três canais de informação, RTP3, SIC Notícias e CNN, e ainda a CMTV, dedicaram 136 horas e 41 minutos ao tema. A CNN Portugal foi o canal com mais peças, 509, a SIC Notícias aquele que dedicou mais tempo ao tema, 39h44m.

A morte da rainha vai continuar a dominar a atualidade. “A informação da TVI e da CNN Portugal está, desde o primeiro momento, a acompanhar in loco todos os acontecimentos em torno do falecimento da Rainha Isabel II. Uma equipa composta por 15 pessoas, com os principais rostos informativos dos dois canais, sete operadores de imagem e uma produtora de Informação, tem trabalhado diariamente de modo a apresentar toda a informação relevante, que permite aos portugueses acompanhar e compreender todas as implicações deste momento histórico”, diz ao ECO fonte oficial da TVI/CNN.

“Nuno Santos, diretor de Informação da TVI e da CNN Portugal, Cristina Reyna, Filipe Caetano, João Póvoa Marinheiro, José Carlos Araújo, Pedro Benevides e Óscar Cordeiro são os sete rostos da Informação que diariamente fazem a cobertura a partir do Reino Unido, com vários diretos ao longo do dia para os dois canais”, detalha a Media Capital, lembrando que “desde o dia 10 de setembro, o Jornal das 8 é conduzido em parte a partir de Londres.

Nuno Santos tem assumido também o papel de pivô, numa operação feita em conjunto com a emissão de estúdio. No dia 19 setembro, Manuel Luís Goucha junta-se à equipa de informação para acompanhar as cerimónias fúnebres, estando “a equipa de informação TVI/CNN Portugal no local, em colaboração com a CNN Internacional para a cobertura deste importante marco histórico”.

Esta operação televisiva apresenta-se com uma abordagem inovadora: a inovação tecnológica com recurso a satélite e 4G, o dinamismo da emissão, com diretos/reportagem a partir de 7 locais diferentes, são fatores distintivos que fazem com que o jornalismo dos dois canais seja uma referência para os portugueses”, prossegue a estação.

Em sentido contrário a CMTV, no tempo e espaço dedicado ao tema, a CMTV, com 77 notícias e 4h20m de emissão. “O funeral da rainha Isabel II é uma das notícias, entre outras. A CMTV vai acompanhar os momentos mais relevantes e de maior intensidade, tal como vai acompanhar toda a atualidade nacional e internacional dos próximos dias, incluindo o que se passar na próxima segunda-feira. A CMTV, como canal líder na informação, é canal de todas as notícias, e garante a cada momento ao espetador que terá acesso a todas as notícias, e não só a uma notícia”, justifica Carlos Rodrigues, diretor do canal, que não vê “necessidade de qualquer despesa adicional para a cobertura desta notícia”.

“Toda a equipa da CMTV está envolvida na cobertura do funeral, tal como, em geral, se envolve a cada segundo da emissão. Prepararemos o acompanhamento dos momentos-chave das cerimónias fúnebres em direto, sem que haja necessidade de meios acima dos meios regulares da CMTV. Para Londres, foi deslocado um dos apresentadores do Manhã CM, Duarte Siopa, que fará diretos ao longo do dia, com particular destaque para o Manhã CM”, prossegue.

O ECO também questionou a SIC e a RTP sobre a forma como a operação está a ser conduzida, mas as estações optaram por não comentar. Em Londres, a SIC tem Emanuel Nunes (correspondente UK), Guilherme Monteiro (correspondente Paris), para além de Clara de Sousa e Rodrigo Pratas. A estes vai juntar-se, para o funeral, Joana Latino.

No caso da RTP, os repórteres são José Rodrigues dos Santos (que estava no país na altura da morte da rainha e ali permaneceu), Rosário Salgueiro (correspondente em Londres) e Alberta Marques Fernandes. A RTP e RTP3 vão transmitir, no dia 19, a cerimónia em direto, numa emissão conduzida em estúdio por João Adelino Faria. SIC e TVI ainda não têm anunciada a programação para segunda-feira.

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