Estudo: 82% dos inquiridos céticos sobre a forma como as marcas utilizam os dados
O estudo foi desenvolvido pela Ipsos para a Google. Foram ouvidas 20 mil pessoas, do Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia.
“Os marketeers devem ir além dos requisitos básicos de privacidade e proporcionar experiências que sejam éticas e eficazes – superando as expectativas de privacidade dos seus clientes ao mesmo tempo que geram melhores resultados de marketing”. A recomendação é do estudo Privacy by design: the benefits of putting people in control, produzido pela IPSOS para a Google, apresentado esta terça-feira pela na conferência DMEXCO, a decorrer em Colónia, Alemanha.
De acordo com as conclusões do estudo, que contou com uma amostra de 20 mil pessoas, do Reino Unido, França, Alemanha, Holanda e Suécia, 43% do inquiridos escolheriam mudar da sua marca preferida para a sua segunda marca preferida em resposta a uma experiência de privacidade positiva. Oitenta e dois por cento dos inquiridos descrevem-se como céticos sobre os dados que as marcas recolhem e a forma como os utilizam e 71% afirmam que preferem comprar marcas que são honestas sobre que dados recolhem e porquê. Após uma experiência de privacidade positiva 13% dos inquiridos dizem ter aumentado a confiança na marca em relação aos dados pessoais, subindo este valor para os 19% “entre os mais céticos sobre as formas como as marcas usam seus dados para marketing”.
“O impacto negativo de uma má experiência de privacidade numa marca ao nível dos dados do utilizador é considerado tão grave quanto o de uma violação de dados (-35 pontos percentuais em comparação com -44 pontos percentuais)”, prossegue o estudo, alertando para que, nas empresas que possuem boas práticas de privacidade, um incentivo monetário para a partilha de dados pode não ter um efeito positivo.
Na recomendação de experiências de privacidade mais positivas, a Ipsos e a Google recomendam que as marcas perguntem às pessoas como e com que frequência gostariam de ser lembradas sobre as suas preferências, o envio de um resumo de privacidade por e-mail e que seja pedido consentimento para a personalização dos sites.
A combinação destas práticas provoca, dizem as empresas, maior confiança com os dados pessoais (+11%), aumento da resposta positiva aos anúncios (+27%) e aumento da relevância percebida dos anúncios exibidos (+11%).
“O nosso estudo sugere que as marcas que conseguem fazer as pessoas sentirem-se com maior controlo sobre os seus dados também podem aumentar a confiança na marca e aumentar a preferência pela marca”, resume citado em comunicado Kelly Beaver MBE, CEO da Ipsos UK and Ireland.
“O impacto de uma experiência de privacidade negativa supera o de uma positiva – por isso, após uma experiência negativa será difícil trazer os clientes de volta. Em vez disso, é importante acertar à primeira”, acrescenta Matt Brittin, presidente da Google EMEA, que apresentou o estudo.
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