APS: Indemnizações pelos incêndios de julho ultrapassam 11ME

  • Lusa e ECO Seguros
  • 3 Outubro 2022

Indemnizações pelos fogos de julhos ultrapassam os 11 milhões de euros, em vez dos 8 milhões previstos pela APS em agosto. Seguros de multirrisco para comércio e indústria dominam.

As seguradoras atingiram um valor de indemnizações superior a 11 milhões de euros por danos, cobertos por contratos de seguro, de incêndios em julho e agosto, segundo um balanço da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) hoje divulgado.

Localização de incêndios em Portugal e Espanha, conforme observado pelo Conjunto de Radiómetros de Imagem por Infravermelhos Visíveis (VIIRS) no satélite da central nuclear de Suomi, a 12 de Julho de 2022.Nasa.

Leiria é o distrito com mais sinistros participados nos incêndios de julho e agosto. Já Faro e Aveiro participaram os sinistros com maiores prejuízos, segundo a APS.

A quase totalidade dos prejuízos reportados é referente a seguros de multirrisco, com maior predominância em comércio e indústria (51%) seguido de habitação (37%).

Em finais de agosto, um inquérito revelado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), indicava que as seguradoras estimavam pagar indemnizações de 8 milhões de euros relativas aos incêndios ocorridos em julho.

A situação que o país atravessou recentemente, e a frequência cada vez maior dos eventos climáticos que estão na sua origem, reforçam a importância do seguro enquanto elemento de mitigação das perdas sofridas e fator de estabilidade da vida das pessoas e das empresas”, dizia o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, em comunicado da organização.

Na mesma altura, dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) estimavam uma área ardida em espaços rurais em Portugal de 103.332 hectares, devido a um total de 9100 fogos.

Os dados deste ano traduzem o quinto valor mais elevado em número de incêndios e o terceiro maior registo de área ardida desde 2012, apenas superado pelos totais de área ardida em 2016 (118.814) e 2017 (201.876).

Segundo o Swiss Re Institute, as catástrofes naturais estão a causar um aumento das perdas económicas e seguradas. Uma série de ocorrências consideradas secundárias começaram a ter impacto nas perdas totais seguradas que atingiram, em 2021, 110 mil milhões de euros.

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