OE de austeridade? “Dizer isso é não perceber a diferença entre boa governação e austeridade”, diz Costa

"Não conheço desde o primeiro dia da minha governação tempo que não tenha sido exigente e tempo que não tenhamos estado rodeados de incerteza", afirmou António Costa.

António Costa admite que “os tempos são incertos” e “exigentes” face às consequências desencadeadas pela invasão russa à Ucrânia, mas sublinha que não conhece “desde o primeiro dia” da sua governação “tempo que não tenha sido exigente e rodeado de incerteza”. O primeiro-ministro recusou também as críticas de que a proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) é de austeridade. “Dizer isso é não perceber a diferença entre boa governação e austeridade“, disse.

“Não conheço desde o primeiro dia da minha governação tempo que não tenha sido exigente e tempo que não tenhamos estado rodeados de incerteza“, afirmou o primeiro-ministro no arranque da reunião do grupo parlamentar do PS, em declarações transmitidas pela RTP3, relembrando o processo de resolução que estava em curso do Novobanco no início do seu mandato e os “anos duros” para sair do procedimento por défice excessivo.

Além disso, o também secretário-geral do PS destacou que as dificuldades vividas nos últimos dois anos na sequência da pandemia e a que “se somou uma crise política”. “Quando vencida a crise política e aparentemente entrando num período mais sereno da pandemia foi desencadeada uma guerra como ninguém vivia nos últimos 70 anos“, disse Costa, acrescentando que a guerra provocou “estilhaços”, nomeadamente desencadeando a crise energética e problemas nas caldeias de abastecimento.

“Perante a incerteza externa e a incerteza que nos rodeia o nosso dever é assegurar certezas e confiança”, sinalizou, para depois, sublinhar que “uma maioria assegura estabilidade”, mas “nenhuma maioria se basta a si própria”. “Por isso temos apostado no diálogo”, sinalizou, dando como exemplo o processo de descentralização, o diálogo estabelecido com o PSD sobre o novo aeroporto de Lisboa e o acordo do passado fim de semana na concertação social.

Por fim, o primeiro-ministro defendeu ainda a proposta de Orçamento de Estado para 2023, referindo que esta “honra vários compromissos fundamentais”, dando como exemplo o complemento de garantia infantil ou o aumento do abono de família.

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