Famílias já deixaram mais 567 milhões de euros no supermercado em 2022
Dados da consultora Nielsen revelam crescimento de 7,7% na despesa com bens alimentares, até setembro. Portugueses compram produtos mais baratos e vão mais vezes ao supermercado em busca de promoções.
O volume de gastos dos portugueses nas compras realizadas nos supermercados ascendeu a 7.981 milhões de euros até setembro deste ano, mais 567 milhões do que no mesmo período do ano passado. Para este crescimento de 7,7% estão a pesar, em particular, as despesas mais avultadas nos artigos de mercearia (10%), nos laticínios (9%), nos congelados (5%) e nas bebidas não alcoólicas (14%). Quatro em cada dez artigos adquiridos são de “marca branca”.
Os dados são da consultora Nielsen, citados pelo Dinheiro Vivo este domingo, com o diretor-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) a classificar estes dados de “enganadores”, pois “toda a cadeia de distribuição está contaminada pela inflação e pelo aumento dos fatores de produção”. “Há sinais claros de uma retração, com o consumidor a procurar artigos mais baratos”, sustenta Gonçalo Lobo Xavier. Regista “decréscimos assinaláveis” nos bens de primeira necessidade de preço mais elevado, dando o exemplo do peixe ou da carne de vaca.
Os especialistas na área do retalho notam ainda que, além de as promoções já valerem cerca de metade das compras realizadas, com os consumidores portugueses a “saltarem de cadeia em cadeia em buscar das promoções”, como assinala o porta-voz da APED, outra tendência é o aumento da frequência da ida às compras, sendo que em cada uma delas o carrinho vem com menos artigos. Pedro Pimentel (Centromarca) assinala à mesma publicação que essa tendência está a trazer ganhos de quota para os supermercados mais pequenos e para as chamadas lojas de proximidade.
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