“Piloto automático” da Tesla sem aprovação do regulador em 2022

Utilizadores do programa "Full Self-Driving" irão beneficiar de atualização no final do ano, na América do Norte, mas CEO admite que veículos não estão preparados para ser completamente autónomos.

O sistema de condução automática da Tesla, também conhecido por Autopilot, não irá obter aprovação regulatória norte-americana em 2022, avançou o CEO da fabricante automóvel, Elon Musk, após anunciar lucros de 3,3 mil milhões de dólares no terceiro trimestre.

O “piloto automático” da Tesla trata-se de um programa de software que permite ao veículo acelerar e travar automaticamente, dentro da faixa de rodagem. A Tesla disponibiliza ainda um programa complementar, no valor de 15 mil dólares, que permite aos seus veículos mudar de faixa e estacionar de forma autónoma, o “Full Self-Driving” (FSD).

No entanto, estes programas de assistência continuam a exigir supervisão humana, e um veículo completamente autónomo iria exigir aprovação dos reguladores do setor automóvel. Os utilizadores do FSD na América do Norte irão beneficiar de uma versão atualizada do programa no final do ano, embora o CEO tenha admitido que os veículos ainda não estão preparados para ser completamente autónomos, citou a Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Elon Musk admitiu ainda que a Tesla espera oferecer uma atualização do FSD em 2023, de modo a mostrar aos reguladores que os seus veículos são mais seguros do que o condutor comum. A Tesla tem como ambição distribuir um veículo totalmente autónomo, mas tem falhado repetidas vezes as suas próprias metas neste sentido. Elon Musk refere que esta funcionalidade será futuramente a fonte de lucro “mais importante para a Tesla”.

As declarações de Musk surgem após divulgação dos resultados financeiros da fabricante automóvel, na passada quarta-feira. A Tesla informou que o seu lucro referente ao terceiro trimestre mais do que duplicou o valor homólogo, para os 3,29 mil milhões de dólares. Apesar da subida, o resultado ficou abaixo das previsões de Wall Street.

A empresa espera não cumprir com a sua meta de entregas para 2022, e Musk desvalorizou os receios com uma revisão em baixa da procura. Segundo Musk, alguns desafios relacionados com a logística irão persistir, com as entregas relativas ao quarto trimestre a crescer menos de 50%, enquanto a produção aumenta igualmente 50%. “Eu não diria que somos à prova de recessão, mas somos certamente resistentes “, garantiu o CEO.

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