Metade das mulheres no setor tech sofreu discriminação de género este ano

Nos últimos 12 meses, 49,5% das mulheres que trabalham no setor tech sentiram discriminação de género. Mais de metade considera ter salário injusto e ser pressionada para escolher carreira ou família.

Metade das mulheres que trabalham na área tecnológica experienciou sexismo no local de trabalho nos últimos 12 meses. E mais de metade das inquiridas sente que recebe um salário injusto relativamente aos seus colegas e que tem de escolher entre carreira e família, revela um inquérito realizado pela Web Summit.

“As mulheres devem sentir-se capacitadas e motivadas na indústria tecnológica. Descobrir que uma grande porção das mulheres em tecnologia ainda experimentam sexismo dentro do local de trabalho é desanimador. Na Web
Summit, o nosso objetivo é assegurar que os nossos eventos sejam ambientes em que as mulheres da comunidade tecnológica podem prosperar, e esperamos que estas descobertas ajudem a continuar a conversa”, defende Carolyn Quinlan, vp of community da Web Summit.

Nos últimos 12 meses, 49,5% das mulheres que trabalham na indústria tecnológica afirmam que foram discriminadas pelo seu género, enquanto 66,9% sentem que o facto de serem mulheres faz com que sejam “injustamente” remuneradas, comparativamente aos seus colegas de trabalho do sexo masculino. Ao mesmo tempo, uma percentagem semelhante (62,9%) sente pressão para escolher entre a carreira ou a família.

Ainda assim, a quase totalidade das inquiridas não tem dúvidas das suas capacidades: 92,4% está plenamente confiante que tem capacidade para desempenhar as suas funções. Contudo, 70% sente que tem de se esforçar mais para provar aos colegas que é capaz. No inquérito de 2019, 44% das profissionais mulheres responderam que sentiam essa pressão de provar o seu valor quando comparados com os seus homólogos homens.

O inquérito realizado pela Web Summit foi distribuído através de correio eletrónico às mulheres da comunidade tecnológica da cimeira. A maioria das inquiridas (70,4%) tinha entre 25 e 44 anos de idade. Europa foi a área geográfica mais representada, representando a localização de 78,5% das profissionais.

Este ano, 42% dos mais de 71.033 participantes da conferência tecnológica são mulheres. O valor é, contudo, inferior aos números apurados nas edições anteriores. Em 2019, 46,3% da audiência era do sexo feminino; em 2020, 45,8%; e, no ano passado, pela primeira vez houve mais mulheres do que homens na audiência (50,5%).

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