Como ter um computador sem gastar 1 euro

Já não precisa de gastar várias centenas de euros em software para artilhar o seu novo computador. Os programas de código aberto dão uma preciosa ajuda.

Grátis é a palavra-chave do mundo dos programas de código aberto (usualmente denominados de open source). Do sistema operativo aos jogos, passando pelo antivírus e pelo editor de imagens, as “borlas” de software não faltam. Podem não ser iguais nem fazer exatamente o mesmo que os seus concorrentes pagantes, mas para a maioria dos utilizadores as diferenças que possam existir nem se fazem sentir.

É o caso do OpenOffice e do LibreOffice, que agregam um conjunto de aplicativos semelhantes aos oferecidos pelo Office 365 da Microsoft. Apesar de os seus programas apresentarem algumas debilidades face ao concorrente da Microsoft, que custa 149 euros ou a partir de 69 euros por ano em modo de subscrição, para o utilizador comum, os “handicaps” dos pacotes gratuitos acabam-se por resumir a pormenores de estética.

O mesmo se aplica com o sistema operativo Ubuntu, que é desenvolvido pela Canonical desde 2004. Pode não ser tão glamoroso quanto o iOS da Apple nem a popularidade do Windows da Microsoft, mas é mais rápido, mais barato e acaba por fazer o mesmo que os seus pares nas mãos de 90% dos utilizadores. O único senão do Ubuntu é a compatibilidade com outros aplicativos. Mas mesmo essa lacuna tem vindo a ser minguada à medida que o número de utilizadores particulares e empresariais aumenta.

No mundo do software gratuito há até lugar para os entusiastas dos mercados financeiros. Através do OpenBB, qualquer pessoa pode recolher dados e desenvolver análises sobre uma série de ações e outros produtos financeiros. É uma espécie de substituto (se bem que mais limitado) das plataformas pagas Refinitiv Eikon e Bloomberg Terminal – este último com um custo de cerca de 2.500 euros por mês.

Gratuitos e fiáveis

Um dos pontos que muitas vezes é questionado pelos críticos do software gratuito refere-se à segurança e à fiabilidade dos programas desenvolvidos em código aberto.

O facto da fonte destes aplicativos estar disponível para quem quiser bisbilhotar poderia, por exemplo, revelar-se numa porta de entrada fácil de qualquer malfeitor para destruir o programa. Todavia, a realidade é bem diferente.

Veja-se, por exemplo, o caso do Ubuntu. São escassas as situações conhecidas de violação do sistema por piratas informáticos, ao contrário do que acontece com o sistema operativo Windows.

E quanto à fiabilidade dos programas deste género, basta espreitar o sucesso da enciclopédia online Wikipédia, desenvolvida pelos internautas, que, segundo a revista Nature, no que concerne às entradas relativas aos temas científicos, estas se revelam quase tão precisas como as da Enciclopédia Britânica.

É caso para dizer que, no que se refere à informática e aos sistemas open source, o que sai barato não sai caro!

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