Marcelo rejeita adiamento de investimentos estruturais

Presidente da República teme desperdício de oportunidades no desenvolvimento dos transportes por causa de fatores conjunturais da economia, como inflação e falta de mão de obra.

Não se podem adiar os investimentos estruturais na economia e particularmente no sistema de transportes. O recado foi deixado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sessão de honra do congresso da associação de transportes Adfersit, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

“Em 2022, é tentador olhar para os dados das variáveis globais e dizer que eram melhores e que em 2023 pode ser tentador dizer que o avançar do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) não pode agravar a inflação. Mas isso é olhar para uma das vertentes da realidade. Se adiarmos investimentos estruturais, estes irão deparar-se com uma complexidade acrescida na sua execução“, alertou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa notou também que fatores como “a elevação dos custos de produção” ou os “estrangulamentos na disponibilidade” da mão de obra “não podem ser um argumento duradouro para adiar a aplicação do PRR”. Em suma, para o Presidente, “não se pode, de modo duradouro, adiar o que é estrutural por causa de fatores estritamente conjunturais”. O PRR, apesar de não ter um euro para projetos na área da ferrovia mais pesada, com os comboios, tem centenas de milhões de euros para a expansão das redes dos metropolitanos de Lisboa e do Porto, por exemplo.

Em 2022, é tentador olhar para os dados das variáveis globais e dizer que eram melhores e que em 2023 pode ser tentador dizer que o avançar do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) não pode agravar a inflação. Mas isso é olhar para uma das vertentes da realidade. Se adiarmos investimentos estruturais, estes irão deparar-se com uma complexidade acrescida na sua execução

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

Concretamente sobre comboios, o chefe de Estado sinalizou a necessidade de “termos uma visão a longo prazo, com ligações viáveis a Espanha e França” e a aposta na “consolidação de acordos transfronteiriços”, que têm particular interesse para as populações raianas. Para os especialistas, Marcelo Rebelo de Sousa deixou para estudo dos especialistas a conjugação do transporte de passageiros e de mercadorias em novas linhas, assim como na questão da bitola. Fundamental ainda para o Presidente é que os investimentos em infraestruturas de transportes possam ir “ao encontro dos objetivos climáticos e de resiliência”.

(Notícia atualizada às 17h45 com mais informação)

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