Grupo estatal chinês duplica participação em bloco petrolífero no Brasil

  • Lusa
  • 1 Dezembro 2022

China National Offshore Oil Company comprou uma participação de 5% à Petrobras, passando a deter 10% do crude extraído do maior campo de petróleo do pré-sal em águas profundas do mundo.

O grupo estatal chinês China National Offshore Oil Company (CNOOC) disse esta quinta-feira ter pagado 10,3 mil milhões de reais (1,9 mil milhões de euros) para duplicar a participação num campo petrolífero no sudeste do Brasil.

O CNOOC anunciou que a subsidiária CNOOC Petroleum Brasil comprou uma participação de 5% à petrolífera estatal brasileira Petrobras, passando a deter 10% do crude extraído do campo de Búzios, de acordo com um comunicado.

O presidente do CNOOC, Xia Qinglong, sublinhou, na mesma nota, que o negócio “expande ainda mais a presença da empresa na região de águas profundas do pré-sal do Brasil, onde existem abundantes recursos de petróleo e gás”.

A transação faz parte do “desenvolvimento internacional” do CNOOC, disse Xia, que prometeu trabalhar “em estreita colaboração com o governo e os parceiros do projeto para promover o desenvolvimento sustentável” do campo de Búzios.

O negócio, anunciado em março pela Petrobras, estava ainda dependente da aprovação pelo Ministério de Minas e Energia brasileiro, o Conselho Administrativo de Defesa Económica e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

A Petrobras passa assim a deter uma participação de 85% no consórcio, com os restantes 5% nas mãos de uma outra petrolífera estatal chinesa, a China National Oil and Gas Exploration and Development Company (CNODC).

Em outubro do ano passado, o CNOOC tinha ativado uma cláusula que permitia expandir a participação no consórcio, algo que a CNODC decidiu não fazer. A petrolífera estatal chinesa tinha demonstrado interesse em deter uma quota maior já aquando do leilão dos direitos sobre o campo de Búzios, em novembro de 2019.

Situado na Bacia de Santos, Búzios é o maior campo de petróleo do pré-sal em águas profundas do mundo, com uma produção que ronda os 600 mil barris por dia, extraídos a uma média de 2.200 metros de profundidade.

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