Ryanair lança oferta para “resgatar” passageiros da TAP afetados pela greve

A companhia aérea irlandesa colocou à venda bilhetes com preços a partir de 49,99 euros, para passageiros que tinham voos da TAP cancelados pela greve dos tripulantes marcada para dia 8 e 9.

A Ryanair quer aproveitar a greve dos tripulantes da TAP para angariar novos clientes para as suas rotas. Esta segunda-feira, a companhia aérea irlandesa colocou à venda bilhetes para “salvar” os passageiros afetados pelo cancelamento de voos nas rotas para Londres, Bruxelas ou Funchal.

A Ryanair, a companhia aérea número 1 de Portugal, lançou hoje ‘tarifas de resgate’ a partir de 49,99 euros para acomodar os 50 mil cidadãos/visitantes portugueses afetados pelos cancelamentos massivos da TAP a 8 e 9 de dezembro, devido a uma greve de dois dias dos tripulantes de cabine”, diz a transportadora irlandesa, em comunicado.

A campanha destina-se a passageiros com voos cancelados da TAP e inclui rotas que ligam Lisboa a cidades como Londres, Bruxelas, Dublin, Funchal, Ponta Delgada ou Veneza. A partir do Porto, estão disponíveis bilhetes para Londres, Funchal ou Luxemburgo.

“A Ryanair está, mais uma vez, a salvar o dia”, afirma Elena Cabrera, country manager para Portugal e Espanha, citada no comunicado. “Enquanto os cancelamentos massivos da TAP arruínam os planos de viagem dos clientes, a Ryanair continua a operar com horários completos”, acrescenta.

Os tripulantes de cabine da TAP avançaram com um pré-aviso de greve para os dias 8 e 9 de dezembro. Esta terça-feira, haverá uma nova assembleia geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) onde deverá ser confirmada a paralisação.

A TAP apelou, no dia 21 de novembro, aos passageiros com voos marcados para os dias 8 e 9 para os remarcarem para nova data, através do call center ou das suas agências de viagens. “Apesar de todos os esforços da companhia [aérea] para evitar esta greve, não foi possível chegar a um acordo com o sindicato que representa estes profissionais, ainda que se tenha conseguido alcançar entendimentos sobre várias matérias”, referiu a TAP, em comunicado.

Dois dias depois, a companhia anunciou o cancelamento de 360 voos. “A nossa prioridade é proteger os nossos clientes. Recebemos o pré-aviso de greve na segunda-feira. O sindicato decidiu manter a assembleia geral para dia 6, mas seja qual for a decisão, por causa da dimensão da TAP, será já demasiado tarde”, afirmou a CEO em conferência de imprensa, justificando a decisão. “Se não tomarmos a ação agora e só depois, terá um impacto enorme nos nossos clientes e não o podemos fazer”, acrescentou.

Na mesma conferência de imprensa, a TAP referiu que os voos para aqueles dias estavam com uma taxa de ocupação média de 60% e que a paralisação afetava 50 mil passageiros. Cerca de 25% dos passageiros já tinha remarcado os voos. O impacto estimado nas receitas era de 8 milhões de euros, soma que Christine Ourmières-Widener justificou com as medidas de mitigação entretanto tomadas.

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