Três estruturas regionais pedem esclarecimentos sobre futuro da Portugal Film Commission

  • Lusa
  • 28 Dezembro 2022

Centro, Arrábida e Alentejo e Ribatejo falam de um "clima de grandes incertezas" e discordam de uma hipotética decisão de integrar a PFC na estrutura do Instituto do Cinema e Audiovisual.

Três ‘film commissions’ regionais, do Centro, Arrábida e Alentejo e Ribatejo, manifestaram esta quarta-feira preocupação sobre o futuro da Portugal Film Commission (PFC) e pediram mais esclarecimentos ao Governo sobre esta estrutura de missão, que termina funções na sexta-feira.

Numa carta aberta, aquelas três entidades querem ver esclarecida a solução para dar continuidade à PFC, considerando que o projeto “pode ser verdadeiramente essencial à criação de um pilar económico decorrente do setor fílmico”.

No documento, falam de um “clima de grandes incertezas” e discordam de uma hipotética decisão de integrar a PFC na estrutura do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) e de terminar, assim, a “relação interministerial” com o Ministério da Economia e o Turismo de Portugal.

A PFC foi criada, em 2019, com vários objetivos, entre os quais promover o país “como um destino internacional de produção de filmagens” e propor um modelo definitivo para uma futura Portugal Film Commission. Esta estrutura de missão tinha uma duração de três anos – de maio de 2019 a maio de 2022 –, mas foi aprovado um prolongamento até ao final deste ano.

Na semana passada, a escassos dias desta estrutura de missão cessar funções, a diretora executiva, Sandra Neves, admitiu à agência Lusa que não sabia o que iria acontecer a partir de 1 de janeiro de 2023. “Não recebi qualquer convite para sair ou para ficar. Também não sei dizer se estou disponível para ficar ou para sair, porque não conheço qual é a ideia de futuro para o projeto”, disse, há uma semana.

Um dia depois destas declarações, os ministérios da Economia e da Cultura revelaram, em comunicado, a intenção de “reforçar o papel” da PFC, sem mais detalhes, e avaliar o Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema, um mecanismo de incentivo que se relaciona com aquela estrutura.

Na semana passada, em resposta a perguntas enviadas pela agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Cultura disse que cabe àquela estrutura de missão “colaborar com os membros do Governo na recolha e prestação de informações sobre o modelo institucional e de governação para a PFC” e que seria “anunciado oportunamente” o que acontece depois de 1 de janeiro de 2023.

As ‘film commissions’ do Centro, Arrábida e Alentejo e Ribatejo dizem que a atual estrutura de missão da PFC “tem condições de ser prorrogada por mais um ano”, para acompanhar “o tempo de vida” do Fundo de Apoio ao Turismo e ao Cinema, cuja vigência termina em 2023. A carta aberta daquelas estruturas regionais foi enviada aos ministros da Cultura, Pedro Adão e Silva, e Economia, António Costa, Silva, ao secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, e aos partidos com assento parlamentar.

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