Plano de restruturação da TAP sem regras para administradores

Quer o plano de reestruturação quer a decisão de Bruxelas sobre a ajuda à TAP são omissos em relação aos administradores, pelo que os acordos de saída não violarão as regras.

O plano de restruturação e a decisão da Comissão Europeia sobre o auxílio de Estado à TAP são omissos em relação aos administradores, apurou o ECO. O que significa que quer a rescisão por mútuo acordo com Alexandra Reis quer a indemnização paga à antiga gestora executiva não violarão as disposições acordadas com Bruxelas.

A Comissão Europeia aprovou a 21 de dezembro ajudas de Estado de 2,55 mil milhões de euros, a que se somam compensações pelos prejuízos provocados pela pandemia, num esforço total dos contribuintes de 3,2 mil milhões de euros. A luz verde de Bruxelas veio, no entanto, com uma série de exigências, nomeadamente financeiras, que passam por uma agressiva redução de custos, em particular com pessoal. Em 2020 e 2021 saíram cerca de 2.200 trabalhadores da companhia e a maioria dos que ficaram têm um corte salarial de 25%.

Foi neste contexto que caiu a notícia de que Alexandra Reis recebeu 500 mil euros de indemnização para deixar a administração da TAP em fevereiro, quando faltavam pouco menos de dois anos para o final do mandato. No entanto, ao que o ECO apurou, quer o plano de reestruturação quer a decisão de Bruxelas são omissos em relação aos administradores, pelo que nada de concreto é definido sobre o pagamento de indemnizações.

Fez a semana passada um ano desde a decisão de Bruxelas, que faz uma avaliação regular da implementação do plano de restruturação. O ECO sabe que esteve recentemente em Lisboa uma delegação da Comissão Europeia e que a opinião manifestada foi positiva. O Ministro das Infraestruturas demissionário e a CEO têm afirmado que a companhia aérea ficou acima das metas definidas para 2021 e o mesmo acontecerá este ano. A TAP poderá registar em 2022 lucros pela primeira vez desde 2017.

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