Cinco decisões de ano novo para as suas finanças pessoais

Aproveite o arranque do novo ano para dar uma vida nova às suas finanças pessoais. O ECO dá-lhe uma mão cheia de ideias para fortalecer o orçamento da família.

Todos os anos a história repete-se: os mais supersticiosos, por altura das 12 badaladas do dia 31 de dezembro, sobem a uma cadeira e comem religiosamente as 12 passas enquanto pedem 12 desejos. Os mais audazes enchem-se de coragem e no primeiro dia do ano vão mergulhar no mar como forma de limpar a alma para começarem em grande o novo ano.

Se no meio de todos os desejos se esqueceu de comer uma passa pelas suas finanças pessoais, tome nota de cinco princípios que deve promover para evitar entrar em stress financeiro em 2023

  1. Corte despesas desnecessárias 🛍
    Com a inflação a subir para níveis há muito não vistos, 2023 exige cortes em despesas menos importantes. Envolva a sua cara-metade e até os mais novos para reverem as despesas da família. Dê a cada um papel e caneta e peça-lhes para escreverem cinco despesas importantes na vida familiar e cinco que conseguiriam cortar ou reduzir e mesmo assim viver tranquilamente. No final do exercício, as três despesas que forem comuns a todos os membros são eliminadas ou reduzidas na proporção do número do agregado familiar. Repita o jogo uma vez por semana. No final do mês contará com uma folga considerável no orçamento familiar.
  2. Faça um orçamento e cumpra-o 📝
    Comece por contabilizar as despesas fixas, como o crédito à habitação ou a renda da casa e a mensalidade do colégio dos filhos. Agregue a este somatório um valor estipulado para as compras do mês para a casa. Depois, subtraia o valor total destas despesas aos rendimentos do agregado familiar e coloque de parte pelo menos 10% do valor que sobra e dê-lhe o nome de “poupança da família” (pode começar por colocar esse dinheiro num mealheiro). O remanescente é o dinheiro que terá para pagar as despesas variáveis. Não há uma fórmula certa para definir um orçamento familiar perfeito. Dependerá sempre das preferências de consumo de cada família. O importante é que seja capaz de desenhar um orçamento e depois toda a família cumpri-lo.
  3. Comece por poupar em casa (não é difícil) 💡
    Lâmpadas eficientes, eletrodomésticos eficientes que devem ser desligados quando não estão a ser utilizados (e não deixados em modo de stand-by), reduzir a temperatura da máquina de lavar a roupa (que só deve ser ligada cheia), usar redutores de fluxo nas torneiras, tomar um duche em vez de um banho de imersão, são apenas algumas das formas que facilmente permitem poupar dezenas de euros todos os meses. Só é necessário uma pouco de força de vontade.
  4. Aprenda a gerir as suas poupanças 📚
    Investir não é física quântica nem tão pouco está apenas ao alcance do seu gestor de conta. Procure informação em livros e na imprensa especializada – comece por subscrever a newsletter de finanças pessoas do ECO, o Portefólio Perfeito. Depois, na hora de escolher o/s produto/s para fazer crescer as suas poupanças, leia com atenção a ficha técnica e contabilize sempre os prós e contras das várias ofertas. E nunca, mas nunca, subscreva um produto que não entenda. Mais vale deixar fugir um produto que promete render muito dinheiro, mas que não se percebe como funciona, do que acabar por investir num mau produto que acabará por destruir as suas poupanças sem que tenha a mínima noção de como isso sucedeu.
  5. Diversificar o risco dos seus investimentos 💹
    Harry Markowitz, um dos premiados com o Nobel da Economia em 1990, provou que, através da diversificação, é possível reduzir o risco dos investimentos. Isto significa que uma carteira de diferentes ativos é menos arriscada do que um portefólio constituído por apenas um ativo. Os académicos que lhe sucederam estimam que uma carteira bem diversificada deverá ter 10, 20, 30 ou mais títulos diferentes, dependente do estudo consultado. Porém, os investidores não devem ir tão longe: além de pagarem avultadas comissões de bolsa, o potencial de ganhos pode diminuir severamente. No entanto, podem seguir o princípio da diversificação do portefólio por classe de ativos com base na “regra dos 100”. Para isso, precisam apenas de retirar a 100 o número correspondente à sua idade. O resultado será a percentagem que a sua carteira deverá estar alocada em ativos arriscados (ações). O remanescente deverá ser distribuído por depósitos e outros títulos de dívida. Assim, um investidor com 35 anos deve ter 65% da sua carteira em ações enquanto um investidor com 70 anos deverá expor apenas 30% da sua carteira ao mercado acionista. Desta forma, conseguirá, de uma forma simples e equilibrada compor um portefólio robusto.

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