Reformas podem tornar Índia num centro de resseguro
As conclusões da Swiss Re ecoam na Índia, onde a indústria de seguros se demonstra promissora devido às mudanças efetuadas recentemente pela supervisora IRDAI.
Os analistas do Instituto Swiss Re apontam que a Autoridade Reguladora e de Desenvolvimento de Seguros da Índia (IRDAI) está a promover reformas que permitem transformar o país num centro de resseguro.
“Os desenvolvimentos regulamentares e a digitalização devem fomentar o crescimento do setor de resseguros“, disse a Swiss Re. Os analistas da resseguradora suiça analisaram uma série de regulamentos que estão a ser introduzidos pela IRDAI para melhorar a penetração dos seguros, aumentar a entrada de capital, melhorar a avaliação e facilitar a entrada de pequenos operadores especializados e de nicho.
A Swiss Re acrescenta que o governo aumentou o limite do investimento direto estrangeiro no setor dos seguros de 49% para 74%, com a IRDAI a planear a introdução de requisitos de capital ‘risk-based‘.
A Swiss Re afirma que é possível que os vários fatores que afetam a economia global se repercutam, a curto prazo, no mercado indiano. Após um crescimento de 8,7%, em 2021, a partir da queda induzida pela pandemia, estima-se que o crescimento real do produto interno bruto (PIB) abrandará para 7,0% em 2022 e para 5,4% em 2023. Os analistas observam que a inflação continuará a ser uma preocupação a curto prazo, sendo os principais motores os preços elevados da energia e das matérias-primas, a fraqueza da rupia e o aumento das taxas de juro nas economias avançadas.
No entanto, a Swiss Re escreve: “permanecemos positivos nas perspetivas económicas, a médio e longo prazo, na Índia. Prevemos um crescimento médio anual do PIB real de 6,7% nos 10 anos até 2032. Também estamos positivos em relação ao mercado dos seguros. A Índia é um dos mercados de seguros em crescimento mais rápido no mundo. Prevemos que seja o sexto maior até 2032. Estimamos que o total de prémios de seguros crescerá em média 14% ao ano em termos de moeda local nominal – 9% ao ano em termos reais – durante a próxima década”.
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