CEO da Vodafone Espanha vai deixar o cargo a 31 de março
Colman Deegan assumiu funções a 1 de novembro de 2020. Pouco mais de dois anos depois, o irlandês pediu a demissão, depois de uma queda nos resultados da filial espanhola do grupo de telecomunicações.
O CEO da Vodafone Espanha vai deixar o cargo a 31 de março, após pouco mais de dois anos depois de ter chegado à empresa, avança o Cinco Días (acesso livre). Ainda assim, o irlandês Colman Deegan vai permanecer no grupo de telecomunicações até ao final de julho para assessorar a CEO interina, na sequência da saída de Nick Read no final do ano passado.
Em comunicado, a empresa diz já ter iniciado o processo de seleção de um novo CEO para a filial espanhola. Colman Deegan tinha entrado em funções em 1 de novembro de 2020, substituindo Antonio Coimbra, que permaneceu como presidente não-executivo da Vodafone Espanha. Coimbra, entretanto, continua em funções principalmente institucionais e de apoio às contas, embora longe do funcionamento quotidiano do negócio.
O anúncio da saída do executivo irlandês coincide com uma queda dos resultados da Vodafone Espanha. A operadora de telecomunicações reportou um volume de negócios total de 1.965 milhões de euros no seu primeiro semestre fiscal, terminado em setembro, o que corresponde a menos 6% face ao período homólogo, enquanto as receitas dos serviços totalizaram 1.782 milhões, menos 4,5%.
Além disso, o mercado espanhol no setor tem sido marcado por uma forte concorrência, sobretudo no segmento de low cost, o que pode ter prejudicado o negócio da Vodafone no país. Por exemplo, em 2022, a Vodafone Espanha perdeu 165.000 linhas de telefonia móvel — passando de uma quota de mercado de 20,48% para 18,04% nos últimos dois anos — e 111.000 linhas de telefonia fixa em portabilidade, tendo perdido o terceiro lugar no número de linhas para a MásMóvil.
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