Barómetro Allianz: ataques cibernéticos são preocupação principal das empresas

  • ECO Seguros
  • 18 Janeiro 2023

O barómetro de risco Allianz 2023 destaca os ataques cibernéticos como a principal preocupação das empresas portuguesas (e internacionais). No topo do ranking surgem também os riscos macroeconómicos.

Segundo o Allianz Risk Barometer 2023, os riscos cibernéticos e a possível interrupção dos negócios são as principais preocupações das empresas. As inquietações mantêm-se pelo segundo ano consecutivo e representam 34% de todas as respostas.

Em Portugal, os três riscos principais apontados foram os seguintes:

1º Incidentes cibernéticos: crimes cibernéticos, malware/ransomware, que causam a interrupção de sistemas, violações de dados, multas e sanções;

2º Desenvolvimentos macroeconómicos: inflação, deflação, políticas monetárias, programas de austeridade;

3º Crise energética: escassez de fornecimento, flutuações de preços.

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) publicou os resultados do 12º inquérito anual sobre os principais riscos dos negócios globais, apresentando as conclusões de mais de 2700 respostas.

As catástrofes naturais e as mudanças climáticas desceram no ranking das preocupações, uma vez que as empresas estão a priorizar assuntos macroeconómicos urgentes como a inflação, a crise energética e uma possível recessão.

Estas inquietações subiram da 10ª para a 3ª posição, e o impacto da crise energética representa uma nova entrada para a 4ª posição. Estes foram os fatores que mais subiram na lista de riscos deste ano.

Essas inquietações requerem uma ação imediata das empresas, o que justifica a razão de, tanto as catástrofes naturais, de 3ª posição para 6ª posição, como as mudanças climáticas, de 6ª para 7ª posição, descerem no ranking anual, assim como o surto de pandemia.

Os riscos políticos e a violência são novas entradas nos principais riscos globais, surgindo em 10º lugar, enquanto a escassez de força de trabalho qualificada sobe para 8º. As mudanças na legislação e na regulamentação mantêm-se como um risco importante, em 5º lugar, enquanto o risco de incêndio ou explosão cai duas posições, para 9º lugar.

“Agir para aumentar a resiliência e reduzir o risco é, neste momento, uma prioridade para as empresas, dados os eventos dos últimos anos”, afirmou Joachim Mueller, CEO da AGCS.

O CEO da AGCS, Joachim Mueller, comentou os resultados do inquérito: “pelo segundo ano consecutivo, o Allianz Risk Barometer demonstrou que as empresas estão mais preocupadas com o aumento dos riscos cibernéticos e a interrupção dos negócios. Ao mesmo tempo, surgem a inflação, uma recessão iminente e a crise energética como ameaças imediatas aos negócios”.

O profissional sublinhou: “As empresas – na Europa e nos E.U.A. – preocupam-se com a atual ‘permacrise’ que resulta das consequências da pandemia e do impacto económico e político da guerra em curso na Ucrânia. É um teste de stress para a resiliência de todas as empresas”.

Pontos positivos

“A notícia positiva é que, como seguradora, observamos melhorias contínuas entre muitos dos nossos clientes, particularmente em relação a tornar as cadeias de fornecimento à prova de falhas, melhorando o planeamento contínuo dos negócios e fortalecendo os controlos cibernéticos. Agir para aumentar a resiliência e reduzir o risco é, neste momento, uma prioridade para as empresas, dados os eventos dos últimos anos”, concluiu Joachim Mueller.

Em 2023, os quatro principais riscos no Allianz Risk Barometer são amplamente consistentes, independentemente da dimensão das empresas – grandes, médias e pequenas – bem como nas principais economias europeias e nos E.U.A. (com exceção da crise de energia). As preocupações quanto ao risco para negócios na Ásia-Pacífico e nos países africanos mostram algum desvio, refletindo os diferentes impactos da guerra em curso na Ucrânia e as suas repercussões económicas e políticas.

“Para muitas empresas, a ameaça no espaço cibernético é maior do que nunca e os sinistros de seguro cibernético permanecem num nível alto. As grandes empresas habituaram-se a ser alvo de ataques e aquelas que têm segurança cibernética adequada são capazes de combater a maioria desses ataques com mais eficácia. Cada vez mais, pequenas e médias empresas estão também a ser atingidas. Estas tendem a subestimar a sua exposição e precisam de investir continuamente no fortalecimento da sua estrutura de controlo cibernético”, diz Shanil Williams, membro do conselho da AGCS e diretor de subscrição corporativa, responsável pela subscrição cibernética.

De acordo com o Allianz Cyber Center of Competence, a frequência de ataques de ransomware permanece elevada em 2023, enquanto o custo médio de uma violação de dados está num recorde histórico de 4,35 milhões dólares e deve ultrapassar de 5 milhões de dólares em 2023.

 

 

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